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De Manaus à Faria Lima: Trader conta desafios com energia e internet antes de brilhar

Matheus Lima, o Amazonas, estudou, fez treinamentos e hoje é um renomado mentor no trade

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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Matheus Lima saiu de Manaus (AM) com 15 para 16 anos e foi para Roraima, onde permaneceu até os 23 anos. Aos 18 anos, aguçou a curiosidade em conhecer o mercado financeiro.

“Tinha meus objetivos de carreira, de trabalho, mas sempre via o mercado financeiro como algo que queria fazer em paralelo. Eu via desde o começo a possibilidade de fazer uma renda”, conta o trader, conhecido pelo apelido de Amazonas, por conta de sua origem. Ele participou do episódio 221 do programa GainCast.

“Na época, já tinha na cabeça de fugir do modelo tradicional de aplicação (financeira). Sempre tive um perfil mais arrojado para tomar risco”, ressalta.

Busca pela profissionalização

Em 2013, ele já tinha aplicado em ações, mas pensava em se profissionalizar no tema. Em 2017, então, comprou curso completo da XP Educação para entender o mercado mais a fundo.

“Um ano e meio depois, já tinha ganhado com ações mais do que com o meu trabalho de carteira assinada.”

“Consegui meu objetivo que era ganhar dinheiro com ações. E aí me deu um estalo de se dedicar completamente a isso. Peguei parte desse dinheiro, investi em mais treinamento”, lembra ele. Isso era por volta de 2019.

Na época ele trabalhava de supervisor de oficina de montadora de carros. “Quando obtive esse resultado de mais do que meu salário, fiz a migração de carreira. Sai da atividade que eu estava e fiquei exclusivamente operando meu dinheiro”, relata.

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Além da migração de carreira em Roraima, passou a pensar em deixar o Estado. O Amazonas conta que as limitações eram grandes por lá. Além da queda de energia frequente, a internet era bem instável, atrapalhando sua rotina no trade. “Meu computador queimou pelo menos três vezes”, recorda.

Mudança para “Faria Lima”

Ele queria, portanto, crescer e sair do quartinho em que operava todo dia.

“Tinha vontade de ser o melhor da minha área. Especialista em análise gráfica, fazia day trade de índice e dólar. Eu tinha uma especialidade muito boa pelo que via acumulando em ações. Mas não ia conseguir ser referência no Brasil se continuasse ali. Precisava estar na Faria Lima. Precisava estar perto de minhas referências”, conta.

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O Amazonas então mudou-se para São Paulo e tornou-se mentor da Top Gain no começo de 2020. No meio do ano, mesmo com a pandemia, se tornou analista CNPI (Certificação Nacional de Profissional de Investimento).

Ele disse que sempre teve interesse de compartilhar do que aprendia no mercado financeiro. O Amazonas ressalta que aprendeu muita coisa sozinho antes de procurar treinamento. “Apesar da minha formação hoje ser maior do que aquela época, me coloco na posição que tenho muito que aprender ainda”, diz.

O trader afirma que seu operacional de análise gráfica é bastante objetivo. “Tive evolução quando comecei a ensinar as pessoas. A partir do que se ensina, a gente se torna um trader mais disciplinado”, destaca.

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“O mercado financeiro deu um grande boom depois da pandemia. É muito mais acessível agora”, diz ele, que conviveu com a dificuldade de operar o mercado financeiro distante dos grandes centros do país.