Trader de Bitcoin ensina a trabalhar a mente para ganhar mais e perder menos

Rodrigo Miranda, coach neurofinanceiro, opera desde 2016 e mostra que o psicológico é parte importante na hora de operar criptomoedas

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Desde que ganhou os holofotes no mundo todo em meados de 2017, o Bitcoin já foi do céu ao inferno e fez muita gente ganhar e perder dinheiro. Mas uma coisa é bem clara, o mercado de criptomoedas não é para qualquer um e mais do que apenas conhecimento é preciso trabalhar a mente para aproveitar as melhores oportunidades.

Isso não é exclusividade dos criptoativos, mas como pouco de existência e ainda sendo pequenos quando comparados ao mercado tradicional, estas moedas digitais pegam muitos investidores desprevenidos, seja com suas atrativas altas rápidas, ou com o pânico quando caem de forma acentuada.

E é com o estudo da mente, do comportamento dos investidores, que Rodrigo Miranda começou a fazer sucesso. Formado em administração de empresas com pós-graduação em pedagogia empresarial, ele diz que sempre teve gosto pela educação voltada ao comportamento, e foi o curso de coaching com o “pai” da área, Timothy Gallwey que levou ele a desenvolver sua metodologia de investimento.

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“Já operava na bolsa, mas mais com swing trade, longo prazo, não fazia day trade. Quando eu comecei a conhecer o mercado de cripto, foi no final de 2016, comecei a gostar do mercado. Percebi que tinha um oceano azul ali para operar e tinham poucos profissionais, as pessoas não davam muita importância”, explica Miranda em entrevista ao InfoMoney.

“Percebi que no caso de trading de cripto tinham poucas pessoas falando, comecei a fazer alguns cursos com pessoas que admirava”, afirma ele ressaltando que uma estratégia que gosta muito é a de ir realizando aos poucos os ganhos que consegue. Com isso, segundo ele, mesmo que o preço caia muito depois, ele não tem perdas na operação.

Miranda diz que percebeu que muitas das pessoas que falavam de comportamento no mercado faziam avaliações muito rasas porque não entendiam tanto do assunto.

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“Como eu era especialista nisso, comecei a mandar muito bem porque comecei a operar de forma simples e ter resultados iguais ou melhores a muitos com muito mais tempo de mercado”, avalia.

Metodologia simples
Miranda explica que sua metologia é bastante simples, combinando em parte a análise técnica com o chamado mindset: “Porque o gráfico nada mais é que um retrato do comportamento humano”.

Segundo ele, os seus cursos ensinam o que é preciso da parte de análise, com poucos indicadores, para que qualquer pessoa possa operar no mercado. “Nossa metologia é 90% mindset e 10% técnica”, afirma.

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De acordo com o coach, existem três passos básicos que qualquer trader que quer vencer tem que ter: seguir o método, gerenciar risco e mindset. “Quando você contrata um profissional, ele passou por uma jornada até criar aquele setup, se você comprou aquilo, você tem que seguir 100%, não dá para seguir 80%. Depois você adapta e faz o seu [método]”, diz Miranda.

Para ele, o gerenciamento de risco é essencial neste negócio, sendo que a pessoa precisa saber que precisa colocar dinheiro aos poucos, que não adianta começar alavancado. Por outro lado, ele ressalta que o “grande problema” é a questão do mindset, que os alunos não costumam seguir. “Quem segue está ganhando dinheiro”.

Aprendizado
Um dos grandes aprendizados que Miranda teve foi ainda no começo de sua trajetória com criptoativos, em 2017, quando o Bitcoin disparou 2.400% e doze meses e chegou aos US$ 20 mil, para logo em seguida desabar de volta aos US$ 6 mil.

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Segundo ele, o segredo foi seguir o método que criou, trabalhando o comportamento. Com isso, ele explica que foi realizando aos poucos o lucro que estava conseguindo, o que minimizou qualquer perda que ele pudesse ter com a correção do preço.

“Na época, estava muito esticado e como eu não entendia tanto assim, eu procurei ajuda, procurei pessoas que entendiam mais, e todo mundo falou que o preço estava muito esticado, que uma correção iria vir”, explica.

Hoje, ele diz que hoje, além de sua metodologia de investimento, busca ensinar as pessoas a fugirem de golpes, das pirâmides financeiras. “A moda hoje são os ICOs (ofertas iniciais de moedas, na sigla em inglês) porque as pessoas não sabem as diferenças entre os tipos de ativos. Os golpistas criam um power point falando que está lançando o próximo Bitcoin e enganam muita gente”, explica.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.