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O mercado futuro abre às 9h da manhã. Tem operadores que só olham o movimento, esperam a abertura do pregão às 10h e também o início da bolsa em Nova York para começar a fazer seu trade, já que é após essas etapas que o mercado costuma dar direcionamentos para o dia.
Mas há traders que, já na abertura do mercado futuro, tomam suas posições e, em 15 minutos, fazem suas negociações e ficam o resto do dia longe do computador. Nesse grupo estão os traders André Kod e Marcelo Carvalho, que explicaram o s segredos de quem opera logo cedo durante o programa especial Arena Trader, que ocorreu durante a Expert XP 2024.
Volatilidade máxima
“Costumo dizer que quem faz trade na abertura fica enjoado o resto do dia porque não tem a mesma volatilidade”, justifica André Kod o fato de operar no primeiro horário do dia.
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“A gente vicia naquela volatilidade. Qualquer outro trade passa a ser chato, lento, e termina fazendo besteira porque se acostumando com esse tipo de trade”, complementa.
Com isso também, Kod consegue concilia a vida de trade com a de empresário, já que mantém uma construtora onde vive, em Maceió (AL).
André Kod, que opera desde de 2020, disse que no começo, chamou a atenção quando viu na internet alguns traders operando na abertura. Isso abriu seus olhos para esse tipo de operação.
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“O cara acha que 9h10 da manhã resolveu a vida, mas o dia que não consegue, ele pensa: ‘tenho o resto do dia para recuperar’. Mas isso não dá porque corre-se risco de errar. Então, tem que se policiar para isso”, ratifica ele um mantra conhecido no trade: não deu certo hoje no seu método operacional, espere que a amanhã tem mais.
“Todo mundo precisa se encontrar”, destaca ele. André Kod opera com análise gráfica. “Na abertura, ou se toma espaço ou sai. Ficar remoendo no zero a zero, não dá. O trade tem que andar”, ensina.
De olho nos players
Marcelo Carvalho começou no trade às 9h observando alguns players na abertura. Isso era 2018. “Os players faziam os mesmos movimentos todos os dias”, destaca.
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“Mapeava o tamanho de lote desses players e quando via que eles entravam, eu também entrava junto. Até que trouxe isso para os robôs”, diz o trader, que opera com análise de fluxo e alguns poucos indicadores.
Mas, segundo ele, fazer a leitura de fluxo dos players tinha uma questão: “O lote às vezes mudava de tamanho”.
“Então, comecei a ver qual era o racional da estratégia e trouxe esse racional para dentro do meu robô”, diz. “Gosto de operar na mão, mas me encontrei com o robô”, explica.
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“Escolhia o trade que iria fazer baseado na estatística da abertura, com o tamanho do fechamento do dia anterior, o tamanho da abertura do dia, exatamente tudo que estava acontecendo. Então, consegui criar um padrão seguindo o movimento do fluxo da abertura”, explica.
“Sempre pego uns pontos e encerro o dia”, diz. “Brigo com o pessoal que fica olhando o resto do dia para o mercado. Para mim, as pessoas acabam perdendo a razão”, justifica ele o fato de ficar apenas nos 15 minutos iniciais da abertura do mercado futuro.
“Vejo muito cara que faz um trade de abertura bem feito, ganha, estufa o peito, mas depois devolve (perde o que ganhou). Passa o resto do dia correndo atrás do rabo para tentar recuperar o que ganhou e acaba terminando o dia completamente negativo”, afirma.
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