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O Ibovespa começou o segundo semestre com alta, elevando, assim, os seus ganhos para quase 9% em 2023 e a mais de 20% nas últimas 52 semanas. Nesta terça-feira (4), o Ibovespa abriu com queda, de cerca de 0,4%, aos 119,1 mil pontos, mas com sessão esvaziada pelo feriado do Dia da Independência nos EUA, que fecha as bolsas em Wall Street e reduz a liquidez dos mercados globais.
Por aqui, no Brasil, nesta semana, acontecem importantes votações em Brasília, que serão sinalizadores positivos para a Bolsa nas próximas semanas. Estão previstas as votações da MP do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária. Também devem ser aprovados os novos diretores do Banco Central.
Todos esses fatores são positivos para o Ibovespa, entretanto, na visão da análise técnica, a Bolsa começa retornar à forte região de resistência, nos 120,5 mil pontos – atingida em 21 de junho. Ao bater nesta marca, mês passado, o Ibovespa retornou à forte região de suporte, nos 116,5 mil pontos, entre os dias 27 e 29 de junho.
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Vale lembrar que o suporte é a região de preço que costuma atrair compradores, quanto o ativo atinge tal patamar. Ao contrário, na região de resistência, é quando o ativo atrai vendedores, fazendo com que sua cotação caia – ou seja, é quando os investidores realizam os lucros.
Portanto, conforme grafistas, consultados pelo InfoMoney, para que o Ibovespa busque novos alvos, como os dos 124 mil pontos ou mais, precisa superar a resistência na região aproximada dos 120,5 mil pontos e, em seguida, nos 121,5 mil pontos.
Assim, pelo princípio da bipolaridade da análise técnica, quando a antiga resistência do Ibovespa se transformar em suporte, se abre espaço para a Bolsa buscar os patamares de 124.000 ou 128.000 pontos.
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Mas, até o Ibovespa superar essa barreira, novos movimentos de realização podem ocorrer. Sinal de baixa e mudança de tendência, porém, viria apenas com Ibovespa retornando à região dos 116 mil pontos.
Confira, agora, a análise técnica completa do Ibovespa.
Trade hoje: Ibovespa
O Ibovespa, neste momento, encontra-se em uma região extremamente importante. Isso porque o IBOV está na região de um antigo topo, pré-pandemia, nos 119.600 pontos, registrado entre o final de 2019 e início de 2020.
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Para o analista técnico da Top Gain, Matheus Lima, este topo chegou a ser rompido no final de 2020, proporcionando um pullback [quando o preço do ativo faz uma pausa, indo na direção contrário da tendência], levando à uma nova máxima histórica do índice, aos 131.190 pontos, de 2021.
“Após a formação deste topo, o preço engatou para baixo, testando um suporte igualmente forte, aos 100.000, que foi respeitado e levou o bom humor do mercado a criar um fundo maior que o do movimento anterior, ativando a tendência de alta dos últimos meses e que nos trouxe novamente para as máximas de 2019″, diz ele.
Avaliando o curto prazo, pelo gráfico diário, há topos e fundos ascendentes, “que configuram uma tendência de alta, com forte resistência nos 120.365, o que pode dificultar que esta movimentação de alta ocorra sem muitas barreiras. É uma região de atenção, com volume e historicamente recusada.”
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Na visão do gráfico de 60 minutos [veja abaixo], a resistência dos 120.365 pontos fica ainda mais aparente, com a ponta vendedora limitando a alta do preço aos 119.800. Isso cria espaço para buscar preços menores, com uma LTA (Linha de Tendencia de Alta) passando próximo aos 116.600, avalia Lima.
“Caso nos próximos dias, voltarmos para os 116.600 e o preço não encontrar força da ponta compradora, poderemos voltar aos 108.000 onde podemos encontrar outra LTA mais ampla”, acrescentou.
Ibovespa comprador no curto prazo
O analista técnico Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, destaca que o Ibovespa, no curto prazo, mesmo após os fortes movimentos de alta, permanece com apetite comprador.
No último dia 28 de junho, aponta ele, o Ibovespa deixou um topo na região de resistência em 119.857 e realizou um pequeno movimento corretivo, de cinco dias, em direção à média de 17 períodos, em 116.559.
“Mesmo dentro desse cenário de otimismo, vale lembrar que ainda existem regiões relevantes de resistência. O primeiro obstáculo para que esse otimismo permaneça é superar a região de resistência do 120.518, a próxima região está logo acima em 121.570. Após a quebra de ambas as regiões, podemos projetar um possível alvo em 125 mil pontos, podendo buscar 130 mil.”
“O cenário passa a ser anulado caso o índice perca esse ímpeto e não consiga romper a resistência em 120.518, com isso, teríamos um possível topo duplo, mas para que essa formação seja confirmada, seria necessário perder o fundo em 116.559, os possíveis alvos estariam em 112.730 (1), 111.500 e 110.427 (3)”, acrescenta ele.
Já, dentro do cenário de médio prazo, pelo gráfico semanal [que segue abaixo], na semana passada, o índice quase marcou uma região de topo, destaca Schrepel.
“Tecnicamente não foi possível realizar essa confirmação porque não renovou a mínima em 118.018, o fechamento da semana passada foi em 118.087, e, com isso, tivemos duas semanas dentro de um processo lateral”, aponta.
Saiba mais:
- Análise técnica: indicador ADX ajuda a definir a força de uma tendência
- IFR: saiba como usar esta ferramenta da análise técnica
Análise técnica Ibovespa
Segundo relatório de análise técnica da XP, o Ibovespa (IBOV) está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e superando os 120.000 projetaria teste dos 124.000 ou 128.000.
“O sinal de baixa seria retomado com um fechamento abaixo dos 118.000, mirando suportes entre 116.600 ou 111.700“, aponta Gilberto Coelho, analista técnico da XP.
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