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O Ibovespa fechou a última semana com queda acumulada de 1,8%, elevando suas perdas em 2023 para mais de 5%. Em abril, porém, o Ibovespa ainda opera com ganhos, de cerca de 2,2%.
No pregão desta segunda-feira (24), por volta das 11h30, a Bolsa opera com perdas e ganhos, próxima aos 104,2 mil pontos, prejudicada pela forte desvalorização de Vale e à espera de novidades sobre o andamento do novo marco fiscal no Congresso.
Veja, agora, o que analistas técnicos esperaram para a última semana do mês de abril.
Análise técnica Ibovespa
Segundo o analista-chefe da Wisir Research, Gustavo Massotti, o Ibovespa fechou a semana passada pela 10ª vez no negativo, de um total de 17 semanas transcorridas em 2023.
Para ele, porém, o Ibovespa entra os últimos dias de abril com chances de voltar a fechar um mês no positivo, depois das fortes quedas de fevereiro e março.
“O índice trabalha dentro de um range de preços que têm como principais suportes as regiões dos 102.800 – 99.670 pontos e resistências nos 106.800 – 108.300 pontos”, destaca Massotti.
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Gráfico semanal Ibovespa: dezembro/22 a abril/23
Ibovespa lateral no médio prazo
Para a analista técnica da Clear, Pam Semezzato, o Ibovespa segue lateral no médio prazo e com extremidades em 97.000 e 121.000 pontos.
“Depois do teste no suporte, mostrou reação compradora e no curtíssimo prazo entrou em tendência de alta, com topos e fundos ascendentes”, acrescentou, em relação ao movimentos recentes do Ibovespa.
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Gráfico diário Ibovespa: setembro/22 a abril/23
“Na quarta-feira passada (19) fez um bom candle vendedor, mas sem continuidade; e, na quinta-feira (20), fechou ainda acima do ponto de bipolaridade em 104.000 pontos, o que indica ser somente uma correção do último movimento de alta”, disse Pam.
Para ela, caso consiga mostrar força para compra nos próximos pregões, esperasse por um teste no topo anterior de 107.000 pontos e a confirmação para um novo movimento de alta acontece com o rompimento dessa região de topo anterior.
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Gráfico semanal Ibovespa: setembro/19 a abril/23
“Por se tratar de lateralização, no gráfico semanal [veja acima], ainda pode enrolar mais nessa região e só descaracteriza essa análise de alta se fechar abaixo da região de suporte forte, em 97.000 pontos”, acrescenta ela.
Ibovespa: Curto prazo
O analista técnico da Top Gain, Matheus Lima, ressalta que, após buscar região de suporte, nos 96.995 pontos, no final de março, neste mês de abril, o Ibovespa opera acima da LTA (linha de tendência de alta) no curtíssimo prazo, “rompendo um canal de baixa e fazendo um pivô de alta, no qual a máxima testou a região de suportes de setembro e novembro de 2022 (108.275).”
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“Isso é conhecido na análise técnica como bipolaridade, onde um suporte rompido se torna uma resistência”, pontua.
Em relação ao curtíssimo prazo, ele ressalta que semana passada o Ibovespa mostrou força compradora, respeitando a LTA. “Existe a possibilidade de que tenhamos uma continuação desta movimentação de alta no curtíssimo prazo, o que poderemos presenciar nos próximos dias”, disse, em relação a essa semana corrente.
Gráfico diário do Ibovespa: junho/22 a abril/23
“Caso tenhamos uma confirmação desta força compradora, o IBOV pode se manter acima da LTA, buscando os 108.275 pontos, que é a máxima do topo do pivô de alta”, avaliou ele.
Movimentação de baixa
Ao mesmo tempo, Lima ressalta que, no curto prazo, o Ibovespa vem fazendo uma movimentação dentro de um canal de baixa.
Isso, segundo ele, significa que a sua linha de retorno é paralela à LTB (linha de tendência de baixa), “criando um canal no qual os preços respeitam essas linhas, com topos e fundos descendentes, sendo essa linha de retorno nos pontos 108.220 e 106.300 (setembro 2022); 101.600 (dezembro 2022) e 96.995 (mínima de março 2023).”
“Caso essa movimentação se confirme, poderemos ver a atuação da força vendedora empurrando o índice para os pontos de suporte de 101.600 (fundo do mês de dezembro de 2022) e 96.995 (início da LTA no final de março de 2023). Sendo mais pessimista, pode buscar 95.300 pontos (região próxima às mínimas do mês de julho de 2022) e 93.400 pontos (mínimas feitas em setembro e novembro de 2020)”, destaca.
Correção na média de 21 dias
Segundo Gilberto Coelho, analista técnico da XP, em relatório, o Ibovespa parece ter completado a correção na média de 21 dias.
“Acima dos 104.615 retomaria sinal de altas, com projeções em 108.270 ou 114.835. O sinal de baixa seria retomado com um fechamento abaixo dos 103.000, projetando de 99.897 a 96.997″, destaca.
Para ele, o Índice de Força Relativa (IFR) apontou para cima, sugerindo altas”, acrescentou.
Gráfico diário Ibovespa: março/22 a abril/23
Olhando para o gráfico semanal [abaixo], semana passada, o Ibovespa deixou um padrão de novas realizações. “Uma perda dos 103.000 aumentaria muito a chance de teste dos 97.000 ou 95.266, em um fundo de julho de 2022.”
Para retomada do sinal de alta, aponta Coelho, seria bom o Ibovespa fechar acima dos 108.280, “aí sim superando, no gráfico semanal, uma reversão altista reforçada pela superação das médias de 21 e 200 semanas, assim como sair do atual canal de baixa”, reforça.
Gráfico semanal Ibovespa: fevereiro/22 a abril/23
Indefinição curto prazo
Em relatório, o Itaú BBA destaca que o Ibovespa segue indefinido no curto prazo, “com importante suporte na casa dos 99.700 pontos”. Conforme o BBA, abaixo deste nível, o Ibovespa pode entrar em tendência de baixa, com próximos suportes em 96.900 pontos, antes da forte região entre 95.200 e 93.200 pontos.
Do lado da alta, aponta o BBA, o índice encontrará resistências em 106.800 e 108.300 pontos, que são os principais gatilhos para uma nova tendência de alta.
“Se ultrapassar, poderemos ver o mercado voltar a negociar em patamares como 110.500 e 114.900 pontos”, pontuou o BBA.
“O Ibovespa precisa confirmar a nova tendência, superando a máxima deixada em 108.300 pontos. O mercado precisará mostrar mais forças para engatar uma tendência de alta”, finaliza o BBA.
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