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O Ibovespa começou junho com o pé direito e já acumula ganhos de 4%, elevando sua valorização anual para 2,69%, aos 112.696 pontos. Nesta segunda-feira (5), após oscilar durante a sessão, passando a maior parte em queda, na reta final emendou valorização, mas no fechamento terminou praticamente estável, com mais 0,12%.
Dessa forma, após perder fôlego no final do mês de maio, por conta das incertezas em relação à aprovação do aumento do teto da dívida nos EUA, o Ibovespa destravou valor, nas últimas sessões, e já pode buscar novas resistências, conforme grafistas.
Parte do apoio de alta vem também de lá de fora, com o S&P 500, em Wall Street, que também superou importante região de resistência, aumentando a possibilidades de ganhos das Bolsas, com a volta do ambiente de maior apetite global ao risco.
Trade hoje: análise técnica Ibovespa
Conforme os analistas técnicos do Itaú BBA, Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, com a alta da última sexta, os índices no Brasil (Ibovespa) e nos EUA (SP500 e Nasdaq) superaram resistências importantes e aumentaram as chances de continuar o movimento de subida.
Para o Ibovespa, segundo o Itaú, a primeira barreira está nos 114.900 pontos. “Caso consiga superar essa região, poderemos ver o índice ganhar mais tração para cima e os próximos objetivo estão em 121.600 pontos e 131.200 pontos“, escreveram.
Gráfico Ibovespa
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Do lado da baixa, apontam os especialistas do Itaú BBA, os suportes estão em 110.100, 108.100 e 106.300 – “que é o patamar mais importante de curto prazo”.
Ibovespa em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias
Em relatório de análise técnica, Gilberto Coelho, da XP, destaca que o Ibovespa está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e fechou em nova alta, na sexta, superando os 111.700 pontos, abrindo espaço para teste dos 115.000 ou 118.000.
“O sinal de alta perderia efeito com um fechamento abaixo dos 108.190“, disse Gilberto Coelho, analista técnico da XP.
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Gráfico Ibovespa: fevereiro a junho/2022
- Confira os principais padrões de reversão de tendência na análise técnica
Ibovespa completa 4 semanas de altas
O analista técnico Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, pontua que o Ibovespa, após o fundo recente, em 04 de maio, quando estava nos 102 mil pontos, passou a avançar.
Pelo gráfico semanal, que segue abaixo, é possível notar, acrescenta Schrepel, que o índice subiu por quatro semanas consecutivas, conseguindo romper a máxima da semana retrasada, que estava em 111.705 pontos.
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“Analisando pelo gráfico semanal é possível observar que o Ibovespa deixou um candle comprador com mais expressão do que o candle da semana anterior, que era considerado de dúvida”, avalia.
Gráfico semanal Ibovespa: julho/2021 a julho/2022
Conforme Schrepel, analisando o gráfico diário [logo abaixo], há uma visão mais clara das regiões de resistências em que o Ibovespa vem se posicionando. Para ele, exemplo disso, foi o teste do último pregão (02 de junho), em que buscou a região dos 112.708 pontos e teve um ligeiro recuo.
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“Dentro dessa mesma região, tivemos topos anteriores referentes aos meses de junho de 2022 e outro formado em janeiro de 2023”, diz. “Não acredito que isso tire a credibilidade da ótima performance deixada pelo índice no último pregão, mas deixa sinalizado que estamos dentro de um range de resistência”, completa.
Para ele, o range atual do Ibovespa está entre o 112.708 (1) e 114.835 (2), sendo os suportes localizados em 111.643 (1) e 108.193 (2).
“Vale ressaltar que a resistência dos 114.835 pontos foi a maior alta de 2023. Certamente o otimismo permanecerá se a máxima do ano for quebrada. Com isso, projeto um alvo em 120.800, sendo a projeção de 100% de Fibonacci”, pontua.
Gráfico diário Ibovespa: julho/2022 a julho/2022
Enquanto isso, Matheus Lima, da Top Gain, o Ibovespa encerrou a semana passada com candles positivos e direcionais, “demonstrando a predominância da ponta compradora”.
“Após romper uma importantíssima LTB do seu canal de baixa para cima, tivemos uma leve correção que buscou a região de suporte relevante, nos 108.255 pontos, na qual não houve o rompimento para baixo, mas sim uma atuação forte e relevante dos compradores dando continuidade em sua movimentação de alta.”
Ibovespa gráfico diário: 12 meses
Neste contexto, Lima afirma que o Ibovespa está testando uma região de resistência importante, a dos 112.700 pontos, topo anterior formado no final de maio e início de junho de 2022, há exatos 12 meses.
“Caso ocorra o rompimento e o fechamento do candle acima desta região de resistência poderemos ter a continuação da tendência de alta no curto prazo, tendo em vista os alvos em 114.400, 118.400 e, mais acima, em 120.750 pontos”, aponta.
Ibovespa até 120 mil pontos
Ademais, a Genial destacou que o Ibovespa, após fechar com alta de 1,80%, na sexta, aos 112.558 pontos, rompeu a resistência dos 111.640 pontos e se aproximou de barreira muito forte, que fica em 114.320 pontos.
“Se romper essa resistência pode abrir campo de alta até 120.040 pontos. Os próximos suportes ficam em 108.190 pontos, 101.060 pontos e 99.900 pontos“, destaca a Genial.
Gráfico diário Ibovespa
S&P 500 ajudando Ibovespa
Como citado anteriormente, o S&P500 está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e acabou fechando acima do topo recente, nos 4.235 pontos, favorecendo as projeções em 4.350 ou 4.500, conforme Gilberto Coelho, da XP.
“O sinal de alta perderia força com um fechamento abaixo dos 4.168“, completa Coelho.
Para o BBA, por sua vez, o S&P 500 superou a resistência, ao atingir os 4.230 pontos, entrando em tendência de de alta. “O índice encontrará próximas resistências em 4.325 e 4.520 pontos“, destacam os analistas do BBA.
Em caso de realização, por sua vez, o S&P 500 terá que se manter acima do suporte, em 4.165 pontos, para continuar em tendência de alta.
Gráfico S&P500 últimos 12 meses
O que esperar do Ibovespa?
Por fim, o BBA destaca que o recente movimento de “vai e vem” da Bolsa parece que ganhou uma direção – e foi para cima.
Os especialista ressaltam que os índices no Brasil e nos EUA fecharam acima de “resistências importantes”, o que abre espaço para subirem.
Entretanto, notam os analistas, alguns índices setoriais ainda necessitam de algum “tipo de confirmação” do movimento.
“Momento de posicionar para as compras, após a superação das resistências, equilibrando com um gerenciamento de risco adequado por conta de algumas divergências ainda”, finalizaram.
Suporte e resistência
Os suportes são regiões de preço que costumam atrair compradores sempre que a ação atinge aquele patamar. Ou seja, o papel sobe após atingir aquela cotação.
As resistências, ao contrário, são regiões de preços que costumam atrair vendas. Ou seja, a ação geralmente cai após bater naquela cotação.
Uma regra importante na análise técnica é a da bipolaridade, que significa que o suporte, quando rompido, se torna uma resistência e a resistência, quando superada, torna-se um suporte.
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