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Trade hoje: Como se posicionar antes dos dados de emprego do payroll nos EUA?

Experientes operadores comentam sobre o principal indicador de emprego dos Estados Unidos

Augusto Diniz

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Nesta sexta (1), às 9h30 (horário de Brasília), o Departamento de Estatísticas de Trabalho dos Estados Unidos divulga o payroll de outubro, o principal indicador de emprego do país.

Com eleições e decisão de juros marcadas para a semana que vem, investidores globais devem ter muita cautela, antes de se ficarem comprados ou vendidos.

Os alertas vêm de experientes traders, como Alison Correia, analista da Top Gain, e Milson Junior, o Jukira, influencer da Clear Corretora, do grupo XP.

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Dias agitados

“É um dos dados mais importantes (para o mercado). E esse (payroll) será ainda mais importante porque tem eleições presidenciais nos Estados Unidos e em seguida a decisão do Fomc (o comitê de política monetária do Fed) para definir qual tamanho do corte dos juros americanos”, explica Alison Correia, que chegou a atuar na bolsa em viva-voz e tem mais de 20 anos de operação no mercado financeiro.

Segundo ele, “com certeza vai ter muita volatilidade” na bolsa por conta de todo o fluxo de notícias a partir desta sexta até pelo menos quarta, podendo se estender ainda mais se o resultado da eleição presidencial entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump não tiver sido anunciado.

Pode ser que o payroll venha acima da projeção

A variação de empregos privados, medidos pelo ADP, divulgada nesta quarta (30) nos Estados Unidos e considerada uma prévia do payroll, veio com o resultado mais do que o dobro do estimado.

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“Nós tivemos uma grande surpresa no mercado. Era esperado que em outubro a variação de empregos privados (ADP), nos Estados Unidos, apontasse uma criação de 110 mil empregos, mas veio o número de 233 mil”, afirma Alison.

Para ele, existe a possibilidade do payroll ter uma movimentação parecida. “A perspectiva é de variação positiva de 111 mil (empregos) no payroll. Mas é grande a probabilidade de o indicador vir para cima”, diz.

“Nós, como traders, devemos esperar as primeiras reações do mercado e após isso se posicionar”, diz ele. “Esses dados de emprego quando vem muito acima (da expectativa) o mercador reage mal”, pontua.

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Olho no S&P 500

“O primeiro ativo que a gente tem como referência para balizar o que pode acontecer aqui no Brasil, sem sombra de dúvidas é o S&P 500. Se o dado vir muito ruim para o mercado norte-americano, com certeza o S&P 500 vai sentir e consequentemente o seu índice futuro também”, explica.

O S&P 500 é, para ele, a forma mais rápida para saber qual foi a interpretação do mercado sobre o payroll. Mas Alison Correia destaca também a importância de analisar as diferentes linhas do relatório de empregos porque um item pode compensar o outro.

Linhas importantes

“O payroll tem três dados muito importantes: o ganho médio por hora trabalhada, criação de empregos e taxa de desemprego”, aponta Jukira. “Se subir o ganho médio por hora trabalhada e a criação de empregos, e cair a taxa de desemprego, a moeda americana (dólar) tende a se fortalecer, assim como os títulos americanos. Já a bolsa, tende a cair”, ressalta.

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O trader, no entanto, destaca que as informações mais importantes para o mercado americano atualmente tem sido o resultado das empresas no terceiro trimestre de 2024.

“Há um interesse maior do mercado com os balanços das empresas, depois vem as eleições”, afirma. “E há também um olhar atento à reunião do Fed na quarta”, acrescenta.

“O mercado de trabalho estando forte, pode ser até que o Federal Reserve não consiga no curto prazo cortar os juros”, ressalta.