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Após alguns meses sem atualização sobre a venda da Linx, empresa de software para varejo atualmente de propriedade da Stone (STOC31), avanços sobre o tema voltaram à tona.
Reportagem do Pipeline, do Valor, destacou que a Totvs (TOTS3) e a Constellation Software atingiram a segunda fase do processo de venda da Linx. A Nayax, por sua vez, negou que esteja participando da negociação. “Embora avaliemos empresas em todo o mundo, negamos essa informação e afirmamos que não estamos envolvidos em quaisquer discussões ou negociações ativas relacionadas à Linx”, apontou.
Cabe lembrar que Stone e Totvs disputaram a compra da Linx por meio de uma guerra de ofertas em 2020. Na época, a Totvs tinha como interesse combinar suas operações de software de áreas como manufatura, distribuição, serviços e agronegócio com a forte presença da Linx no varejo.
A Stone levou a melhor e adquiriu a Linx por R$ 6,7 bilhões. No entanto, agora a Totvs pode adquirir a ex-rival por um valor muito mais baixo. Isso porque, segundo a reportagem, as propostas recebidas vão de R$ 3 bilhões a R$ 4,25 bilhões.
O Goldman Sachs comenta que não há visibilidade sobre se um acordo envolvendo a Totvs será confirmado ou eventualmente concluído, nem sobre a avaliação. Nesse contexto, o banco espera que o potencial desse acordo ressurja como um tema importante de discussão sobre a empresa após essa notícia, junto com expectativas de melhoria nos resultados do segmento de Gestão.
Em um cenário em que outra empresa acabe adquirindo a Linx, embora mudanças na propriedade de concorrentes da indústria historicamente impliquem alterações no posicionamento estratégico e competitivo, analistas não esperam que isso seja um grande motor para a Totvs, pois o mercado geral da companhia é altamente fragmentado e a sobreposição competitiva direta com a Linx é limitada a alguns nichos. No entanto, segundo analistas, uma Linx fortalecida poderia competir com a Totvs por candidatos menores a aquisições, dada a extensa história de fusões e aquisições (M&A) de ambas as empresas.
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O Goldman Sachs reiterou recomendação neutra e preço-alvo de R$ 30.
O Bradesco BBI, por sua vez, avalia que o valor de R$ 4,25 bilhões está acima do valor justo para a Linx sem sinergias, mas ligeiramente abaixo da sua estimativa de valor justo para a Linx pós-sinergias.
Após-sinergias, o BBI assume que as sinergias de vendas e custos levariam o crescimento e as margens da Linx ao mesmo nível que prevê atualmente para as operações de software da Totvs, além da estimativa para benefícios fiscais de ágio.
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O Bradesco BBI vê a Linx como tendo um forte ajuste estratégico para a Totvs e a Constellation Software.
No caso de a Constellation adquirir a Linx, analistas não esperam uma mudança significativa no cenário competitivo para a Totvs, implicando um impacto mínimo na empresa.