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SÃO PAULO – A semana começa movimentada no radar corporativo, com o mercado principalmente de olho nas novidades sobre uma fusão entre Fibria e Suzano que, segundo a Istoé Dinheiro, será anunciada nesta segunda, enquanto o Valor informa que a Paper Excellence fez uma oferta firme pela Fibria. Já a Eletropaulo fez acordo de R$ 1,5 bilhão com a Eletrobras, fazendo com que registrasse prejuízo no resultado do quarto trimestre. Confira mais destaques abaixo:
Fibria (FIBR3) e Suzano (SUZB3)
De acordo com informações do site da revista Istoé Dinheiro, a fusão entre Fibria e Suzano deve ser anunciada nesta segunda-feira. A coluna da revista apurou que só faltam detalhes e a batida de martelo do BNDES para que a união entre Fibria e Suzano, duas gigantes do setor de papel e celulose, se concretize.
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A união foi acelerada depois que a Paper Excellence comprou a Eldorado Celulose, botando pressão nas duas empresas. Sobre a Paper Excellence, o Valor informa que a companhia, que pertence aos mesmos donos da Asia Pulp and Paper (APP), apresentou uma proposta firme de compra da Fibria neste fim de semana. A oferta avalia a companhia brasileira em R$ 40 bilhões, acima do valor de mercado atual sem considerar dívida. A aposta da Paper Excellence — que já é dona de 49% da Eldorado Brasil, produtora de celulose de eucalipto da J&F Investimentos — para fechar o negócio é agressiva.
Eletropaulo (ELPL3)
A Eletropaulo e Eletrobras anunciaram na noite de sexta-feira a celebração de um acordo para encerrar a disputa judicial que se arrasta há décadas envolvendo um empréstimo acertado entre as empresas em 1986, quando a empresa paulista era estatal. Pelo acordo, a distribuidora se comprometeu a pagar R$ 1,5 bilhão para quitar o débito oriundo do processo judicial. Desse total, R$ 1,4 bilhão serão pagos a favor da Eletrobras e os demais R$ 100 milhões serão destinados aos advogados. O valor acertado tem data base de 31 de janeiro de 2018 e será atualizado por CDI+1% na efetiva dada do pagamento.
As companhias esclarecem que a eficácia do acordo ainda está sujeita ao trânsito em julgado da sua homologação judicial perante o Juízo da 5ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, que permitirá o encerramento do processo judicial.
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Ficou acertado que a Eletropaulo fará um pagamento inicial de R$ 250 milhões à estatal e mais R$ 50 milhões aos advogados após o trânsito em julgado da homologação judicial do acordo e da homologação judicial da transação com os advogados relativa à sucumbência, o que ocorrer por último. A Eletrobras receberá o montante restante em três parcelas anuais R$ 300 milhões, sendo a primeira 12 meses após o pagamento da primeira parcela, além de um recebimento intermediário de R$ 250 milhões 48 meses após o pagamento da primeira parcela. Já os R$ 50 milhões restantes devidos aos advogados serão pagos pela distribuidora paulista ao final de 60 meses a contar do pagamento da primeira parcela.
O acordo era esperado pelo mercado desde que as duas companhias anunciaram, em outubro do ano passado, a assinatura de um memorando de entendimentos para iniciar negociações que pudessem levar a um acordo sobre o caso. A disputa judicial se arrasta há mais de 20 anos e se originou de um empréstimo concedido em 1986 pela Eletrobras à Eletropaulo, quando esta ainda era estatal e antes de sua cisão.
Em parte significativa por causa desse acordo, a Eletropaulo teve prejuízo de R$ 962,7 milhões no quarto trimestre de 2017, revertendo lucro de R$ 19,4 milhões obtido no mesmo período do ano passado, com o número sendo diretamente afetado pela linha de resultado financeiro, que fechou o período com despesa financeira líquida de R$ 1,6 bilhão, contra R$ 91,8 milhões negativos no mesmo período de 2016.
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Já a receita da Eletropaulo subiu 15,5%, para R$ 3,53 bilhões, na base de comparação anual. O Ebitda ( lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 16,2%, a R$ 265 milhões.
Cielo (CIEL3)
O Grupo UOL anunciou na sexta-feira a contratação de Rômulo Dias como novo CEO. O executivo, que deixa o conselho de administração da Cielo, de onde já foi presidente, se reportará ao fundador do Grupo Uol, Luiz Faria, e começará na empresa em 2 de abril. Segundo comunicado do grupo, Dias fará parte do comitê estratégico do grupo UOL, que tem como membros Luiz Frias (presidente do Conselho), Eduardo Alcaro e Judith Brito.
O executivo, graduado em economia pela Universidade Federal Fluminense, tem MBA e pós-graduação em Desenvolvimento Gerencial Executivo pelo Ibmec e pós-graduação em Direito Societário pela FGV Law. Dias trabalhou no grupo Bradesco desde 2000 e entre 2008 e 2016 presidiu a Cielo. Em 2016, juntou-se ao quadro de diretores-executivos do Bradesco. O anúncio foi feito no final do pregão de sexta e fizeram os papéis da Cielo registrarem forte queda de 4% em apenas 10 minutos e fecharam com o pior desempenho do Ibovespa na última sessão.
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BTG Pactual (BPAC11)
À espera do desfecho da Justiça sobre o processo em que é acusado de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato, André Esteves traça planos para voltar a exercer um cargo formal no BTG Pactual, apurou o jornal O Estado de S. Paulo. Há discussões internas para que o banqueiro possa retomar a presidência do conselho.
Fundador e maior sócio individual do banco de investimento, Esteves foi afastado do bloco de controle e da presidência da instituição no fim de 2015, após ser preso sob suspeita de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró. O Ministério Público Federal, no entanto, entendeu que não há provas para incriminá-lo e já pediu a sua absolvição.
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O reconhecimento da inocência é o que Esteves precisa para tentar virar a página do período mais crítico da história do BTG, que teve a imagem abalada e o futuro colocado em xeque. O banqueiro voltou ao dia a dia da empresa em abril de 2016, com o “crachá” de sócio sênior, assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) o liberou do recolhimento domiciliar. Mas quer agora um cargo formal.
O retorno a um cargo de comando no banco – além de presidente, Esteves comandava o conselho – depende agora da decisão da 10.ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, que recebeu a recomendação do MPF para inocentá-lo da acusação feita pelo ex-senador Delcídio Amaral. Ao jornal, o advogado de Esteves, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que a decisão da Justiça está para sair “a qualquer momento”. Procurado, o banco não comenta.
CPFL Renováveis (CPRE3)
Na CPFL Renováveis, Fernando Mano da Silva foi eleito presidente, enquanto Alessandro Gregori Filho foi eleito diretor financeiro.
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Itaúsa (ITSA4)
Segundo apurou o Valor, a gestora de fundos de private equity HIG Capital obteve exclusividade para negociar com a Itaúsa a compra da Elekeiroz, fabricante de intermediários químicos. O direito vale por 60 dias, contados a partir de sexta-feira, e a negociação envolve a totalidade das ações detidas pela holding de investimentos.
As negociações para venda da companhia não surpreendem uma vez que, há algum tempo, a Itaúsa teria sinalizado que a operação química não está entre os ativos considerados estratégicos no longo prazo. Em recente teleconferência de resultados, o comando da holding admitiu que poderia considerar sua venda “no futuro”.
Petrobras (PETR4)
A Petrobras iniciou na última sexta a etapa de divulgação da oportunidade de desinvestimento em relação à cessão da totalidade de sua participação nos campos de Piranema, já em produção, e Piranema Sul, campo não desenvolvido. Ambos estão situados em águas profundas na Bacia de Sergipe-Alagoas.
A produção média de petróleo do campo de Piranema no ano passado foi de 4 mil barris por dia, apontou a companhia.
a Petrobras ainda anunciou a elevação do preço da gasolina nas refinarias de R$ 1,5353o litro para R$ 1,5608o litro e do diesel de R$ 1,7301 o litro para R$ 1,7583 o litro, segundo informações no website da empresa. Os preços antes de impostos são válidos a partir de 13 de março.
Sabesp (SBSP3)
O governo do Estado de São Paulo recebeu uma carta de um grupo de investidores sobre a potencial aquisição de parte das ações a serem emitidas pela sociedade controladora da Sabesp, segundo fato relevante.
A carta será avaliada pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização, que decidirá sobre continuidade e termos da reorganização societária da Sabesp. Pela proposta, o controle da Sabesp permanecerá com governo de São Paulo. A Sabesp não divulgou conteúdo da carta ou identidade dos investidores.
Vale lembrar que, em setembro de 2017, o governo de São Paulo publicou lei sobre a reorganização societária da Sabesp, prevendo a constituição de uma sociedade controladora, que seria controlada pelo governo estadual e poderia ter outros acionistas minoritários privados. Pela lei, o governo de São Paulo deve alocar pelo menos 30% dos fundos arrecadados com a alienação das ações da sociedade controladora em investimentos de saneamento básico.
Recomendações
Ainda sobre Sabesp, a companhia paulista foi rebaixada a ‘neutra’ pelo Janney, com preço-alvo de R$ 38, enquanto a Cemig (CMIG4) teve a recomendação reduzida pelo Safra, com preço-alvo também reduzido de R$ 11,30 para R$ 10,00.
RD (RADL3)
A Fitch reafirmou o rating triple A da companhia. A agência afirmou que a classificação reflete o “robusto perfil de negócio e financeiro, seu rentável e resiliente fluxo de caixa operacional, combinado com a baixa alavancagem”, conferindo o rating AAA para a empresa e mantendo perspectiva “estável”.
JBS (JBSS3)
Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o BNDES negocia a venda de sua célebre participação na JBS, em transação de R$ 7 bilhões e, na ponta de compra, estão os fundos soberanos. As conversas, porém, ainda estão no início, diz o colunista.
Telefônica Brasil (VIVT4)
A Telefônica Brasil informou que investirá R$ 24 bilhão entre 2018-2020 em rede móvel. O valor também contempla investimentos em rede fixa, além da móvel, excluindo eventuais investimentos em licenças, de acordo com comunicado ao mercado.
A companhia planeja ainda um investimento adicional de R$ 2,5 bilhões no mesmo período destinado à aceleração da expansão da rede de fibra óptica. Os planos estão em linha com estratégia da cia. de capturar oportunidades de crescimento no país, segundo comunicado.
BRF (BRFS3)
O juiz André Wasilewski Duszczak, da 1ª Vara Federal de Ponta Grosso (PR), afastou executivos investigados na Operação Trapaça, 3ª fase da Carne Fraca, de suas funções na BRF. No entendimento do Ministério Público Federal, o retorno de seis dos investigados às suas atividades habituais na empresa ‘coloca em risco a ordem pública e econômica’.
“As cautelares determinam que não frequentem a companhia ou outros estabelecimentos operacionais ligados à empresa, inclusive laboratórios, suspendendo tais investigados de suas atividades profissionais junto da empresa ou de qualquer estabelecimento ligado a ela. Caso descumpram as medidas cautelares, ficam sujeitos à decretação de prisão preventiva”, informou a Procuradoria da República em nota neste sábado, 10. O pedido de afastamento foi acolhido pela Justiça na sexta-feira, 9, ao término do prazo de prisão temporária. A Trapaça investiga fraudes praticadas por empresas e laboratórios que tinham como finalidade burlar o Serviço de Inspeção Federal e não permitir a fiscalização eficaz do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Para a procuradora da República em Ponta Grossa, Lyana Helena Joppert Kalluf, a soltura dos investigados, acompanhada do retorno deles às suas atividades habituais junto da empresa, coloca em risco a ordem pública e econômica, já que poderiam atrapalhar o andamento das investigações assim como continuar a realizar as graves fraudes que em tese já vinham cometendo.
Foram submetidas às medidas cautelares: Fabiana Rassweiller de Souza (responsável pelo Setor de Assuntos Regulatórios do Corporativo do Grupo BRF); Décio Luiz Goldoni (gerente agropecuário da planta da BRF de Carambeí); Andre Luis Baldissera (teoricamente afastado da BRF desde a primeira fase da Operação mas percebendo salário); Harissa Silverio El Ghoz Frausto (atuante perante os laboratórios de análises que atendiam a BRF); Helio Rubens Mendes dos Santos (vice-presidente da BRF até 26 de fevereiro de 2018); e Natacha Camilotti Mascarello (analista de qualidade da fábrica de rações em Chapecó).
A partir da análise técnica de todo material arrecadado através da deflagração da operação, o que está sendo feito pela Polícia Federal em conjunto com equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e que demanda razoável duração, será avaliada a possibilidade de oferecimento de denúncias. A BRF não retornou os contatos da reportagem.
Vale destacar que, na última sexta, o juiz determinou a soltura do ex-presidente do Grupo BRF Pedro Andrade de Faria após pedido do MPF. A procuradora da República Lyana Helena Joppert Kalluf considerou que foram cumpridos “os objetivos probatórios” com a decretação da prisão temporária do investigado e pediu sua liberação.
Em seu depoimento, o ex-presidente argumentou que, apesar de ter sido presidente da BRF, “não mais possui o comando da empresa”, registra o MPF. “Informação esta que não foi informada no decorrer da primeira fase investigativa.”
Faria destacou em seu depoimento que segundo seu contrato de rescisão de trabalho com a BRF, de dezembro de 2017, que apresentou à PF, há uma cláusula de não competição, que faz com que ele esteja impedido de atuar em empresas do ramo alimentício pelo prazo de três anos. “Sendo assim, vejo que a aplicação de medidas cautelares (similares às aplicadas aos funcionários) não fazem sentido, na hipótese e no momento, em que pese, como já dito, a análise do material probatório ou a postura dos investigados no decorrer dos trabalhos possam demonstrar a necessidade de cautelares alternativas ou eventual segregação preventiva.”
Multiplus (MPLU3)
A Multiplus aprovou programa de recompra de 264.261 ações ordinárias em um período de um ano.
(Com Agência Estado e Bloomberg)