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Todo trade tem emoção; o que diferencia a sensação é o nível do trader, diz psicóloga

Marília Lima já atendeu mais de 700 traders e também atua no mercado financeiro

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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A psicóloga Marília Lima participou do segundo episódio da nova temporada do Mapa Mental, no Canal GainCast. Com MBA em gestão empresarial e pós-graduada em terapia cognitiva comportamental, ela faz atendimento clínico há 13 anos.

Há quatro anos passou a atuar no mercado financeiro. E também se especializou em atendimento clínico para traders com ênfase em gestão de risco individualizado, autoconhecimento, alta performance e operacional técnico encaixado.

Atendeu mais de 700 traders

De lá para cá, ela já atendeu mais de 700 traders entre individuais e em grupos. No mercado financeiro, nesses quatro anos, realizou operações de swing trade em opções de ações e day trade em opções de ações e mini-índice.

“Sou muito conservadora. Não gosto de tomar muito risco. Tenho algumas crenças limitantes em relação à dinheiro”, explica sobre sua atuação no mercado. Ela conta que teve sorte de iniciante no trade, mas perdeu logo em seguida, que exigiu se aprofundar muito no tema.

“Essa parte emocional a gente começou a falar por agora. Há quatro anos não encontrava fácil conteúdo disso”, conta.

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Atleta de alta performance

“Meu diferencial é que sou psicóloga para trader e já fui atleta de alta performance. Eu falo dessa interface da psicologia do esporte de alta performance com a psicologia do trade. O fato de já ter sido uma atleta de alta performance, eu entendi que, após fazer os (de trade), que era aquilo que precisava seguir”, relata.

Para ela, é importante entender que o mercado financeiro demanda perfil com habilidades e competência treináveis, embora nem todo mundo vá conseguir se adequar.

“O mercado ele é aleatório porque a gente vê essas movimentações de fluxo. E temos uma macroeconomia que interfere em todas aquelas movimentações de preço. O mercado é preço, mas os padrões gráficos são probabilidade, são estatísticos”, diz.

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 “Então, quando se pega um padrão gráfico, se consegue sim fazer um histórico do comportamento gráfico estatístico, e ali entra treino e repetição. Essa é uma das habilidades do trader de sucesso. É a constância nisso”, afirma.

Seja você mesmo

Marília Lima conta que costuma ressaltar em sua clínica que não se vai virar outra pessoa para ser um trader de sucesso. “Pode-se ser um trader de sucesso exatamente como se é. Primeiro passo, aceitando-se, e se adequando. Quando falo de um operacional técnico encaixado e de um gerenciamento de risco individualizado, é justamente pegar essa individualidade que cada um tem”, ressalta.

“Não é transformar, mas fazer com que aquilo funcione, aquilo que se vive seja funcional no mercado. Faça o que é confortável para si e que dá dinheiro”, diz.

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Marilia Lima. Reprodução: You Tube

Gestão de risco, técnica e comportamento

Segundo a psicóloga, fazer trade é um tripé: gestão de risco, técnica e comportamento. “Não dá para priorizar uma coisa, tem que tentar juntar isso. Quanto mais alinhados eles tiverem, mas claro fica o que está se fazendo no mercado”, ensina.

Sobre as reações emotivas do trader, diz que cada trade vai gerar uma emoção, assim como o clique na operação. “Não se consegue eliminar. Não consigo enxergar que quando se aceita um risco, não vai se ter uma emoção”, afirma.

“Todo trade tem emoção. O que vai diferenciar a minha sensação de emoção num trade, num clique, é o meu nível de trader. Quanto mais avançado eu fico, quanto mais expertise tenho, a intensidade de emoção daquilo diminui”, complementa.

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Coração acelerado

“A gente sente o coração dando uma aceleradinha quando entra no trade”, pontua. De acordo com Marília Lima, se é no mercado o que é na vida e o que se vivencia. “A gente tem que ter essa sensibilidade, quando a gente está bem para operar numa condição adequada para ter bons resultados”, expõe.

“Não ignorem sinais desconfortáveis (vivenciados). Não se arrisque. É preciso tomar cuidado (na operação)”, ressalta.