Publicidade
SÃO PAULO – A raça humana entra em uma maré de temores sobre a tecnologia e como ela afetará a vida das próximas gerações – em todos os lugares -, destacou o economista ganhador do prêmio Nobel de Economia Robert Shiller, conforme destacado pela CNBC.
E, de acordo com ele, há uma nova “normalidade” de pessimismo, com as pessoas vendo o risco de perderem seus empregos para as máquinas. “As pessoas estão preocupadas com o seu futuro. Elas estão preocupadas não apenas sobre o próximo ano, elas estão preocupadas com os próximos vinte anos, os próximos 40 anos”, afirmou.
“Há esse medo crescente da tecnologia, da tecnologia da informação, da inteligência artificial, da robótica, das impressoras 3-D, da internet e todas estas diferentes formas de interação”, disse ele.
Shiller ganhou o prêmio Nobel de Economia em outubro de 2013 por sua pesquisa que melhorou a previsão de preços de ativos de longo prazo e ajudou no surgimento de fundos de índice nos mercados de ações. Ele foi premiado ao lado dos economistas Eugene Fama e Lars Peter Hansen.
Em Londres, depois da viagem para o Fórum Econômico Mundial, ele disse que o evento em Davos o ajudou a entender que não é apenas o pessimismo sobre a economia global que preocupa. Ele destacou que há uma nova normalidade do pessimismo frente ao medo das pessoas perderem os seus empregos para as máquinas.
Deste modo, as pessoas tendem a se preocupar mais com o futuro e apresentam tendência de poupar mais em um cenário em que há poucas oportunidades de investimento. E esta, segundo Shiller, seria a explicação para que haja uma taxa de juros baixíssima nos EUA, crescimento fraco e mercado em alta. Contudo, isso não é aplicado aos países emergentes.
Continua depois da publicidade
“Olhe o quão rápido tudo está mudando agora. Onde os meus filhos estarão em 30 anos? Eu quero deixar algo para eles, porque eles podem estar em uma situação de sofrimento”.