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Tive vários ‘dias de fúria’ e foram deles que tirei as maiores lições, diz trader

Experiente Caio Scotte afirma que a importância de reconhecer as fraquezas é essencial para quem quer estar no trade

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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O chamado “dia de fúria” é ir muito além do seu planejamento e gerenciamento habitual de risco no trade, causando, na maioria das vezes, enorme prejuízo na operação.

Caio Scotte, desde 2011 no mercado financeiro e hoje analista sênior da XP, participou do programa Mapa Mental, no canal GainCast, e contou sobre sua larga experiência no trade.

“Gosto muito de dizer que a gente tem no trade as linhas verde, amarela e vermelha”, afirma. “A linha vermelha é o dia de fúria”, explica. Para o trader, é fundamental entender quando acontece um momento desses e se perguntar o que de fato ocorreu.

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Conhecer as dificuldades

“São 13 anos de mercado. Foram vários dias de fúria. Não tinha coragem de olhar o relatório de performance. Mas tem que pegar exatamente esses dias e tirar as melhores lições”, ensina.

“Há um comportamento ali (no dia de fúria) que se repetiu uma, duas, três vezes. Preciso ter claro essas minhas fraquezas. Uma vez que isso se tornou evidente, faça de tudo para não voltar lá novamente”, ressalta.

Caio Scotte diz não lembrar mais quando foi seu último dia de fúria, mas recorda dos anos recentes em que parou de operar antes de entrar em um espiral que desencadearia riscos e prejuízos em suas operações no mercado financeiro.

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“Muita gente entra em dia de fúria, quebra a conta, mas não sabe o que está acontecendo”, afirma. Para ele, o trade é “maravilhoso” porque justamente confronta o trader com suas características e dificuldades.

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A gente é no trade o que é na vida

“O que nós somos antes de fazer o trade reflete o que a gente faz no trade. No trade é onde nós temos nossos comportamentos e crenças aguçados no nível mais extremo que conheço. No trade nos revelamos quem nós somos”, diz.

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A linha amarela proposta por Caio Scotte, anterior à linha vermelha, é quando o trader opera fora do operacional. “Operar além do horário operacional pré-definido, por exemplo”, diz.

“Você pode até estar na linha amarela, mas é importante saber onde está. Estou em um ponto de alerta, onde qualquer erro que eu cometa, preciso ter muita humildade para reconhecê-lo de imediato.”

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Linha verde

Já a linha verde, segundo o método de Scotte, é o modelo operacional. “Quantos trades faço por dia, qual meu horário operacional, qual o meu operacional, o tamanho de minha posição, e stops (paradas por conta de risco) seguidos que faço. Esse é o meu processo. Isso tenho que fazer todos os dias, seja de trade negativo ou não”, ensina.

A linha verde, segundo Caio Scotte, o trader sabe o que está fazendo, conhece seus limites e expectativas. “Nela, tenho a certeza que basta permanecer assim que os resultados vão chegar”, afirma.

Para ele, pode existir período de drawdowns (queda de capital), mas o fato de conhecer seu trade é que garantirá sua regularidade. “São nesses momentos que se entende que de fato tornou-se um trade profissional”, diz. “Só não posso perder essa linha”, complementa. “Torne tudo claro e fácil. Só negocie com a linha verde”, afirma.

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