TIM (TIMS3) anuncia nova CFO e faz projeções de dividendos de R$ 2,3 bi em 2023; guidance é visto como positivo

Companhia de telecomunicações anunciou guidance entre 2023 e 2025, também traçando projeções para o Ebitda

Equipe InfoMoney

Loja da TIM (Foto: Divulgação)
Loja da TIM (Foto: Divulgação)

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A TIM (TIMS3) publicou na última terça-feira projeções para o período entre 2023 e 2025, incluindo expectativa de crescimento percentual de “duplo dígito baixo” do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) neste ano.

A empresa também estimou um crescimento percentual na receita de serviços de “um dígito alto” em 2023 ante o ano passado, enquanto o patamar de investimentos sobre a receita líquida devem ficar abaixo de 20%.

A TIM disse esperar que o novo triênio seja de “melhora na dinâmica geral dos negócios”. A companhia atribuiu essa expectativa a projeção de maior base de receita “com sólida tendência de recuperação de margem e melhores oportunidades de eficiência de capex (investimentos) e um caminho claro para otimização dos gastos com arredamentos”.

Segundo a empresa, essa dinâmica vai gerar expansão do fluxo de caixa e, consequentemente, espaço adicional para remuneração dos acionistas. A TIM tem como meta anunciar cerca de R$ 2,3 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) brutos em 2023.

Até 2025, a TIM planeja registrar crescimento de “um dígito alto” no Ebitda pela taxa de crescimento anual composta, enquanto a estimativa para a receita de serviços é de elevação em cerca de 5%.

Já a projeção total de investimentos nominais (capex) de 2023 a 2025 é de cerca R$ 13,3 bilhões, segundo o documento.

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A empresa também anunciou Andrea Viegas como a nova CFO, substituindo Camille Faria a partir de 1 de março. Andrea ocupa hoje o cargo de Controller na TIM Brasil e tem mais de 20 anos no setor de Telecom, sendo 17 no Grupo TIM exercendo diversas funções.

A XP aponta que o guidance divulgado reforça a visão construtiva para o setor de Telecom e principalmente para a TIM.

“A empresa é a que mais se beneficia da mudança de patamar com a incorporação dos ativos da Oi e do novo momento de competição mais racional e infraestrutura mais eficiente”, avaliam os analistas Bernardo Guttmann e Marco Nardini.

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Os analistas reiteram a TIM como a preferida do setor, destacando o valuation atrativo, uma nova política de dividendos e a expectativa de uma rápida desalavancagem.

O Credit Suisse também destaca o novo plano como positivo em todas as frentes, pois indica: (1) crescimento da receita de serviços acima da inflação; (2) aumento da margem Ebitda ; (3) uma redução nominal significativa no capex; e (4) aumento das distribuições aos acionistas. “A nova orientação aponta para capex abaixo do esperado e dividendos acima do esperado em relação às nossas estimativas atuais”, ressalta.

O capex anunciado de R$ 13,3 bilhões está abaixo da estimativa do Credit de R$ 14,3 bilhões, que deve resultar de ganhos de eficiência e sinergias de espectro, enquanto a TIM continua buscando uma percepção de maior qualidade, avalia o banco.

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Já sobre os proventos, o planejamento de distribuir R$ 2,3 bilhões em 2023 está acima da projeção do Credit de R$ 2 bilhões. “Esse número implica um dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) de 8,1%, superior à nossa estimativa para a Vivo VIVT3 e superior ao rendimento esperado para a maioria das ações de utilities. De acordo com a TIM, o lucro líquido não é o motor dos dividendos (já que a empresa tem R$ 7,5 bilhões em reservas distribuíveis e espera um fluxo de caixa livre mais forte do que o lucro líquido). Ainda assim, vemos o dividendo anunciado como um sinal positivo para as tendências do lucro líquido”, avalia o banco.

(com Reuters)