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A Telecom Italia, controladora da TIM Brasil (TIMS3), anunciou na última segunda-feira (1º) a conclusão da venda de sua unidade de negócios de infraestrutura de rede fixa e atacado para a gestora de investimentos americana KKR, por 22 bilhões de euros (R$ 132 bilhões).
O negócio foi inicialmente anunciado em 2023 e aprovado no mês passado por reguladores antitruste europeus.
Agora a relação da companhia italiana com seu ex-braço de rede fixa será regulada por um acordo válido por 15 anos, renovável por outros 15, e os serviços serão prestados a preço de mercado, sem compromisso mínimo de aquisição.
Segundo o Goldman Sachs, a transação vinha sendo acompanhado de perto pelos investidores da TIM Brasil devido à percepção de que a redução da alavancagem da controladora poderia ter implicações estratégicas para a estratégia e alocação de capital da companhia brasileira.
Por outro lado, a TIM Brasil historicamente manteve uma alavancagem muito baixa (aproximadamente zero dívida líquida, excluindo arrendamentos), o que é visto como uma estrutura de capital subótima, e há uma expectativa de que a companhia brasileira poderia eventualmente estar mais aberta a aquisições ou ao aumento da distribuição de dividendos em um cenário onde sua empresa controladora esteja menos alavancada.
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No entanto, o Goldman Sachs destaca que o custo de capital relativamente alto do Brasil (junto com a existência do benefício fiscal de juros sobre o capital próprio) tende a incentivar estruturas de capital com menor alavancagem em geral, em comparação com outros países e a TIM já está aumentando sua distribuição e já executou uma grande transação de M&A nos últimos anos (a aquisição de parte da operação móvel da Oi em 2022).
O banco tem recomendação neutra para TIMS3, com preço-alvo de R$ 18, correspondente a um potencial de valorização de 13% em relação ao fechamento da véspera.