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A construtora Tenda (TEND3) reportou números operacionais fracos, o que era amplamente esperado pelo mercado, pois a empresa já havia anunciado sua intenção de reduzir volumes para focar em aumentos de preços. Às 10h15 (horário de Brasília) desta sexta-feira (17), os ativos TEND3 tinham queda de 1,09%, a R$ 6,34.
Considerando seu foco na reformulação de margens e priorização da geração de caixa, o Bradesco BBI diz que os “fracos volumes de lançamentos da Tenda fazem parte do processo, portanto não necessariamente negativos, principalmente considerando o constante aumento de preços (preço médio de lançamentos +41% na base anual, preço médio de vendas + 20% ano a ano)”.
Segundo o BBI, o processo de turnaround de margem provavelmente levará mais do que alguns trimestres e as restrições de caixa provavelmente persistirão, mas enxerga os números operacionais do 3T22 como um sinal de que a administração está adotando uma abordagem cuidadosa nesse processo de turnaround, o que avalia como algo positivo.
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Para o Credit Suisse, a Tenda registrou dados operacionais negativos, mas em linha com suas expectativas. Do lado positivo, a Tenda vem aumentando seus preços com sucesso, o que foi considerado positivo pelo banco apesar do impacto negativo na velocidade de vendas.
“Acreditamos que é uma estratégia sábia redesenhar as operações antes de acelerar os lançamentos; no entanto, o mercado deve esperar outra redução de margem neste trimestre, considerando a alta dos preços do concreto”, comentaram os analistas do Credit.
A visão do BBA converge com a dos outros bancos e ele diz que a “Tenda registrou mais um trimestre de lançamentos e volumes de vendas contratadas fracos, com desaceleração contínua na velocidade de vendas”. O destaque foi o aumento do preço médio por unidade vendida, mostrando uma tendência de alta na comparação mês a mês.
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Dadas as incertezas sobre o valor contábil da empresa daqui para frente, em um setor com avaliação ancorada pelo P/BV (preço sobre book value, ou valor contábil) e retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês), o Credit Suisse permanece neutro na companhia, com preço-alvo de R$ 9, o que representa um potencial de alta de 40,4% frente a cotação de fechamento de sexta-feira (14) de 6,41.
Itaú BBA e BBI também mantêm recomendação neutra para Tenda, com preço-alvo de R$ 8 e R$ 7, respectivamente.