Telefônica (VIVT3) lucra R$ 1,3 bilhão no 3º trimestre, alta de 8,5%

Lucro da tele se deve, principalmente, ao crescimento da receita, de 2,2%, e pelo controle dos custos da operação

Equipe InfoMoney

(Divulgação: Telefônica Brasil)
(Divulgação: Telefônica Brasil)

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SÃO PAULO – A Telefônica Brasil (VIVT3) lucrou R$ 1,315 bilhão no terceiro trimestre deste ano, um desempenho 8,5% acima do reportado no mesmo período do ano passado.

Segundo a empresa, o avanço da última linha do balanço se deve, principalmente, ao crescimento da receita e pelo controle dos custos da operação.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) avançou 2,1%, em termos recorrentes, para R$ 4,414 bilhões, mas com margens estável, em 40%.

Sobre o Ebitda, a empresa pontua que reflete o “bom desempenho das receitas móveis, de 3,2%, e o controle contínuo dos custos da operação”.

Considerando os efeitos não recorrentes do período, o Ebitda reportado apresentou crescimento de 11,8% no ano, com margem de 43,8% (+3,7 p.p. a/a).

Por sua vez, as despesas financeiras líquidas somaram R$ 254 milhões, devido ao maior endividamento relacionado a contratos reconhecidos como leasing em função do IFRS16 e a menor atualização financeira de créditos fiscais. Um ano antes, as despesas financeiras líquidas foram de R$ 17 milhões.

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Receitas da Telefônica

A receita líquida cresceu 2,2% na comparação anual, “em função da aceleração na receita de serviço móvel e volta do crescimento na receita fixa”, somando R$ 11,033 bilhões.

No segmento móvel, a receita avançou 3,2%, enquanto o segmento fixo saltou 14,8%. Assim, as chamadas “receitas core” (todas as receitas da companhia, excetuando-se telefone fixo e DTH, direct to home) ficaram na média com alta de 5,9%. Por outro lado, as receitas de voz fixa (ou “não-core”) caíram 21,3%.

Dessa forma, destacou a companhia, os negócios core seguem aumentando sua participação na receita total e apresentam aumento de 5,9%.

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Destacam-se, neste caso, a receita de serviço móvel pós-pago (+7,3% a/a), que registrou o maior crescimento de receita de serviço móvel dos últimos seis anos, com expansão de 5,7%, segundo a empresa.

A operadora de telefonia ainda ressalta que a receita fixa total voltou a crescer após quatro anos, “com a maior relevância dos negócios fixos core, com destaque para a receita de FTTH (fiber to the home) que cresceu 37,2% a/a.

Acessos

No mais, o total de acessos aumentou 4,0%, com a Telefônica chegando a 97,424 milhões de operações no segmento core. Já o market share da empresa recuou 0,6 pontos percentuais, para 33%, tendo maior recuo no pós-pago (1,5 p.p.).

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“O total de acessos móveis foi o maior número de acessos dos últimos cinco anos. Nos últimos 12 meses, adicionamos 5,535 milhões acessos devido ao forte desempenho tanto no segmento pós-pago como no pré-pago”, ressalta a empresa.

“Mantivemos a liderança incontestável no negócio móvel, com market share de 33% em julho de 2021”, acrescentou.

Análises

O Bradesco BBI vê os resultados como neutros para as ações, já que os números vieram bastante em linha com as expectativas de consenso e mostrando tendências semelhantes ao longo do ano.

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Segundo banco, a empresa está agora sendo negociada a 4,3 vezes o EV / Ebitda 2022, o que não parece caro. No entanto, o Bradesco BBI acredita que uma reclassificação deve ser dependente de uma forte aceleração de seu momento operacional.

Já o Credit Suisse avaliou os resultados como ligeiramente positivos, com destaque para aceleração das receitas de telefonia móvel e a linha fixa voltando a crescer.

O Bradesco BBI mantém recomendação neutra para ações e preço-alvo de R$ 61,00. Enquanto isso, o Credit Suisse mantém avaliação outperform para ações da Telefonica, e preço-alvo de R$ 61,00.

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