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As taxas de juros negociadas no mercado futuro enfrentam volatilidade nesta segunda-feira, 5, principalmente pelo ambiente de aversão ao risco no exterior, pelos temores de recessão nos Estados Unidos. As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) iniciaram o dia em baixa, alinhadas ao recuo dos retornos dos Treasuries, mas o movimento foi contido pelo dólar, que registra alta firme desde o início dos negócios.
A movimentação ocorre também em um ambiente de cautela com o cenário doméstico, na véspera da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e no dia do boletim Focus, que confirmou a deterioração das expectativas para a inflação no horizonte observado pelo Banco Central.
Na avaliação de Marcelo Boragini, sócio da Davos Investimentos, o momento é de exageros no mercado, o que acaba por distorcer o movimento dos ativos. “É um dia de volatilidade, mas ela tende a perdurar, uma vez que há ainda o movimento vindo da política monetária do Japão, que vem interferindo no dólar, devido à reversão das operações de carry trade”, afirma.
Às 11h46, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 11,600%, ante 11,566% do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2026 projetava 11,29%, contra 11,28%. E a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 11,53%, de 11,49%.