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A Taesa (TAEE11) informou na última quarta-feira (10), junto com os balanços do segundo trimestre de 2022 (2T22) que vai pagar R$ 506,7 milhões em dividendos aos seus acionistas. Deste montante, R$ 308,7 milhões serão em dividendos intercalares e R$ 197,9 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP).
Para os dividendos, o valor é de R$ 0,29 por ações ordinárias e ações preferenciais e R$ 0,89 por unit. Já para o JCP, o valor é de R$ 0,19 por ação ordinária e preferencial e R$ 0,57 por unit. O pagamento será feito no dia 26 de agosto.
Terão direito aos proventos apenas os investidores com ações da Taesa no dia 15 de agosto; a partir de 16 de agosto, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos. Para os analistas do Itaú BBA, os dividendos foram fortes, representando 3,4% de dividend yield (valor do dividendo sobre o preço da ação).
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Apesar disso, o BBA tem recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) com preço-alvo para 2022 de R$ 37 por ação. “Embora gostemos da atrativa política de dividendos da empresa e do fluxo de caixa previsível, acreditamos que esses efeitos são mais do que refletidos no preço das ações. Além disso, há preocupações relacionadas
à alocação de capital, dado o lance agressivo da empresa no último leilão de transmissão”, aponta o BBA.
A XP apontou ter avaliação neutra do resultado da Taesa no 2T22, que ficou em linha com suas expectativas, e não vê nenhum gatilho de crescimento no curto prazo. “Mantemos nossa recomendação Neutra para TAEE11, com preço alvo de R$ 35”, aponta.
Ontem à noite, a transmissora de energia Taesa reportou lucro líquido de R$ 564 milhões no segundo trimestre, queda de 19,2% em relação ao mesmo período de 2021. Considerado os seis primeiros meses deste ano, o lucro da empresa atingiu R$ 1,643 bilhão, queda de 9,3% em base anual de comparação.
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O resultado é explicado por um Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) menor no período, o que afetou negativamente a receita de correção monetária de todas as concessões da empresa. No trimestre a empresa também viu as despesas financeiras líquidas aumentarem devido às variações do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e de maior volume de dívida líquida entre os períodos comparados.
Além disso, houve redução na margem de implementação de infraestrutura em função da entrada em operação de Janaúba e menores investimentos nos empreendimentos SantAna e Ivaí, em construção.
De abril a junho, a receita líquida IFRS totalizou R$ 847,7 milhões, redução de 6,3%, enquanto no semestre ela totalizou R$ 1,643 bilhão, queda de 9,3%.
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Já o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) regulatório aumentou 40,4%, em base anual de comparação, no segundo trimestre para R$ 464,9 milhões. No acumulado do ano até junho, o Ebitda alcançou R$ 913,3 milhões, crescimento de 41,9%. A margem Ebitda foi de 83,0% no trimestre, aumento de 0,7 ponto porcentual (p.p.), e nos seis primeiros meses do ano foi de 84,6%, crescimento de 2,5 p.p. em relação a igual período de 2021.
A dívida líquida da Taesa encerrou o trimestre em R$ 6,661 bilhões, aumento de 12,2% em comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Já a alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda foi de 3,8 vezes, redução de 0,8 p.p.
(com Estadão Conteúdo)
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