Taesa pagará R$ 1,20 por unit em dividendo e Guiné quer Vale em Simandou; mais 5 no radar

Qualicorp vai incorporar empresas da Tempo Participações e a FIL aumenta participação na Anhanguera para 5,06% das ações ordinárias; HRT elege conselheiros fiscais

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após o feriado do dia 1º de maio, o noticiário é bastante agitado para as empresas da BM&FBovespa nesta sexta-feira (2). Em destaque, o ministro das finanças da Guiné, Mohamed Diaré, afirmou ao jornal Valor Econômico que o governo do país espera que a Vale (VALE3;VALE5) participe da licitação para concessão de duas minas de ferro de Simandou, com reservas estimadas em mais de US$ 100 bilhões. 

Há duas semanas, a Vale e a Beny Steinmetz perderam o direito de explorar as jazidas. Diaré não antecipou como e quando será o processo licitatório. Na quarta-feira, o presidente da Guiné, Alpha Conde, disse que irá dar as boas-vindas a uma oferta da Vale para realocação de autorizações de mineração em Simandou, afirmando que a mineradora brasileira não se envolveu em casos de corrupção que levaram ao cancelamento dessas autorizações.

Cade aprova compra de 26,5% na VLI 
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, a aquisição de 26,5% da VLI, empresa de logística integrada de carga geral, por fundo gerido pela Brookfield Asset Management, conforme despacho publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial.

O acordo de R$ 2 bilhões havia sido divulgado no fim de dezembro pela mineradora Vale, que vendeu a fatia para o fundo. Na época, a companhia informou que ficaria com 37,6% do negócio.

Em documento submetido ao Cade, as empresas disseram que, para a Brookfield, o investimento proporcionava a oportunidade de participar do crescimento das indústrias de logística e transporte no país, enquanto para a Vale, permitia a capitalização da VLI, propiciando “o suporte necessário ao plano de expansão da sua capacidade”.

Taesa pagará dividendos
A companhia elétrica Taesa (TAEE11) aprovou na última quarta-feira a destinação do lucro líquido do exercício de 2013, sendo aprovado um montante total de R$ 813,66 milhões, dos quais R$ 400 milhões foram pagos em 20 de dezembro de 2013 a título de dividendos intercalares e de juros sobre capital próprio e R$ 413,66 milhões serão pagos até 31 de maio de 2014, com base na posição do dia 30 de abril de 2014. A partir desta sexta-feira, as ações são negociadas ex-dividendos na BM&FBovespa. 

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O total de dividendos aprovados referentes ao exercício de 2013 correspondem a R$ 2,36188328 por unit e R$ 0,78729443 por ação da companhia. O total de dividendos a pagar até 31 de maio no valor de R$ 413,66 milhões corresponde a R$ 0,40025885 por ação e R$ 1,20077655 por unit. 

Cemig compra RBE e pagará dividendos
A Cemig Geração e Transmissão, da Cemig (CMIG4), fechou contrato de compra de 49,9% do capital total da RBE (Retiro Baixo Energética), por R$ 145,896 milhões.

A conclusão da operação está sujeita a condições suspensivas, dentre as quais a aprovação pelo Cade a anuência pela Aneeel (Agência Nacional de Energia Elétrica), pelos financiadores e pelo sócio remanescente.

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Em assembleia realizada no dia 30 de abril, a Cemig deliberou o pagamento de dividendos de R$0,892052774 por ação, fazendo jus os acionistas detentores de ações no dia 30 de abril  para as e as ações sendo negociadas “ex” a partir do dia2 de maio. Os pagamentos dos dividendos serão realizados em duas parcelas, até 30 de junho e até 30 de dezembro.

Qualicorp vai incorporar empresas da Tempo 
A Qualicorp (QUAL3), administradora de benefícios de saúde, fechou acordo com a Tempo Participações (TEMP3) pelo qual irá incorporar empresas controladas pela segunda empresa, informaram as companhias na noite de quarta-feira.

Segundo a Qualicorp, as empresas Connectmed e Gama Saúde, conjuntamente chamadas de Unidade Saúde Soluções, serão incorporadas após reorganização societária que será feita pela Tempo.

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O valor referencial da transação para a Qualicorp, baseado no pregão de 28 de abril, é de R$ 160 milhões, condicionado ao alcance de metas operacionais e financeiras futuras da Unidade Saúde Soluções.

O valor considera a emissão de 3.352.601 ações ordinárias da Qualicorp, que serão dadas à Tempo como parte do pagamento, além de um bônus de subscrição que dará direito a Tempo receber mais 2.994.367 ações ordinárias.

“Com a incorporação da Unidade Saúde Soluções, a Qualicorp expande sua oferta de serviços para o segmento de TPA (Third Party Administrator), em linha com suas diretrizes estratégicas”, informou a empresa em comunicado.

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A transação ainda precisa passar por aprovação de acionistas, do Cade e da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

FIL aumenta participação na Anhanguera
A Anhanguera (AEDU3) comunica ter recebido da FIL Limited correspondência, na qual informa que a sua posição acionária representa o total de 22.130.468 ações ordinárias, que representam 5,06% das ações ordinárias da companhia.

A FIL destaca “que se trata de um investimento minoritário que não visa a alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia. Esclarece, ainda, que não detém debêntures conversíveis em ações, nem qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da companhia”.

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 HRT elege conselheiros fiscais
A HRT (HRTP3) elegeu, em AGO (Assembleia Geral Ordinária) na última quarta-feira (30), o conselho fiscal com mandato até a próxima AGO. Elias de Matos Brito, Roberto Portella e Gilberto Braga, como membros efetivos e Ronaldo dos Santos Machado, Anderson dos Santos Amorim, e Luis Alberto Pereira de Mattos, foram eleitos como suplentes, respectivamente, candidatos estes propostos pelo conselho de administração.

Os candidatos propostos por acionistas, o arquiteto Renzo Bernardi e Edson Lopes Correa, não conseguiram se eleger.

A assembleia aceitou acordo proposto pelos ex-conselheiros fiscais Edmundo Falcão Kolblitz e Marcelo Joaquim Peixoto, para por fim a contencioso com a companhia.

Fibria: emissão de bônus de US$ 500 milhões
A Fibria (FIBR3) fez a proposta para emitir US$ 500 milhões em bônus, com vencimento em 2024. A emissão será feita pela subsidiária “Fibria Overseas Finance” e totalmente garantida pela Fibria Celulose.

A agência de classificação de risco Moody´s atribuiu rating Ba1 para emissão, com perspectiva positiva. A Fibria utilizará o montante para pagar parte de seus vencimentos de 2021 e também reduzir a sua dívida bruta.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.