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SUZB3 ou KLBN11? Confira a análise das ações das maiores empresas de celulose da Bolsa

Ações da Klabin avançam neste ano, enquanto as da Suzano recuam

Rodrigo Petry

Batalha Técnica de Ações: KLBN11 x SUZB3. Arte: Leo Albertino/InfoMoney
Batalha Técnica de Ações: KLBN11 x SUZB3. Arte: Leo Albertino/InfoMoney

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As ações de Suzano (SUZB3) e de Klabin (KLBN11) enfrentam cenários bem diferentes em 2023. Enquanto SUZB3 recua 7,7% neste ano, KLBN11 avança 13,2%. Em julho, as ações de Klabin somam alta de 0,45%, cotadas a R$ 21,87, e as de Suzano sobem 0,65%, a R$ 44,51.

Semana passada, o Itaú BBA destacou que, diante desta valorização acumulada em 2023, Klabin teria um potencial de alta mais limitado do que Suzano, rebaixando a primeira à recomendação neutra e mantendo compra à segunda.

No entanto, para ambas, pontuou o cenário setorial desafiador – pela desaceleração econômica global, entre outros fatores de demanda –, o que deve pressionar os preços da celulose no segundo semestre.

Diante deste cenário, confira o que esperar das ações das duas principais empresas do setor de papel e celulose da Bolsa brasileira, com base na análise técnica.

KLBN11 ou SUZB3? Análise técnica das ações

As ações da Klabin (KLBN11) vinham em tendência de alta desde o fundo deixado em março de 2020, até o topo em fevereiro de 2021, momento em que as ações atingiram a máxima histórica, em R$ 28,03.

Para Matheus Lima, analista técnico da Top Gain, porém, se observa neste topo a formação de um OCO (ombro-cabeça-ombro), figura gráfica de alta confiabilidade de reversão de tendência.

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“Após o acionamento desta figura que se deu na perda da linha de pescoço (região dos R$ 23,98), as ações iniciaram sua movimentação de baixa com topos descendentes”, diz ele.

No entanto, após testarem mais de uma vez a região de suporte, entre R$ 17,43 e R$ 16,26, as ações romperam a LTB (linha de tendência de baixa) em maio deste ano, aponta ele, “embora a confirmação do seu rompimento tenha vindo no mês seguinte, com o acionamento do pivô de alta”.

“Porém, as ações esbarraram em uma região de topo anterior, em R$ 23,26, e voltaram a testar a LTB, mas agora como suporte”, acrescenta.

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Gráfico das ações KLBN11: janeiro de 2020 a julho de 2023

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Fonte: ProfitChart. Elaboração Matheus Lima

Ações de KLBN11

“Caso as ações se mantenham acima dos R$ 21,29, poderemos ter um novo teste no topo do pivô de alta, em R$ 23,26. Havendo a confirmação de seu rompimento, as ações irão testar a próxima região de resistência de extrema relevância, entre R$ 23,79 e R$ 24,89. Já se houver rompimento dessa forte resistência, o próximo patamar fica na máxima histórica em R$ 28,03.”

No entanto, aponta Lima, se as ações perderem a região dos R$ 21,29 poderão voltar a ser negociadas abaixo da LTB, tendo em vista os próximos suportes em R$ 19,71 e mais abaixo a região dos R$ 17,43.

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Análise técnica SUZB3

As ações da Suzano (SUZB3) se encontram em um contexto bem parecido com as da Klabin, destaca Lima. Ele aponta que os papéis vinham em tendência de alta desde o fundo deixado, também em março de 2020, até atingirem o topo histórico, em maio de 2021, em R$ 75,25.

“Após a sua máxima, podemos observar que as ações iniciaram uma tendência de baixa respeitando duas frequências de LTB. Porém, identificamos um ‘martelo’, padrão comum de candle de reversão, que foi deixado no fundo em abril deste ano, sinalizando atuação da ponta compradora e resultando em uma alta com o rompimento de uma das linhas de tendência de baixa – alta que se aproximou da região de resistência, dos R$ 49,61.”

Para o analista, neste momento, as ações se encontram negociadas em uma região de suporte. “Caso se mantenham acima da região dos R$ 43,56, poderão testar o topo anterior e a segunda frequência de LTB em R$ 49,61.”

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Gráfico das ações SUZB3: janeiro de 2020 a julho de 2023

SUZB3; análise técnica; análise de ações; swing trade; batalha técnica de ações
Fonte: ProfitChart. Elaboração Matheus Lima

O rompimento deste topo, ressalta Lima, resultará no acionamento de um pivô de alta, abrindo caminho para os próximos pontos de resistência em R$ 52,80 e R$ 57,79.

“Vale ressaltar que acima destes topos temos uma região de forte resistência, entre R$ 60,28 e R$ 61,60. Entretanto, se as ações perderem o suporte que estão neste momento poderão voltar a testar os patamares dos R$ 40,44 e R$ 37,15“, finaliza ele.

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Rodrigo Petry

Coordenador de Projetos Editoriais. Atuou como editor de mercados e investimentos no InfoMoney, liderando o Ao Vivo da Bolsa e o IM Trader. Antes, foi editor-chefe do portal euqueroinvestir, repórter do Broadcast (Grupo Estado) e revista Capital Aberto. Também foi Gestor de Relações com a Mídia do ex-Grupo Máquina e assessor parlamentar.