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SÃO PAULO – A temporada de resultados do segundo trimestre tem um dos seus dias mais agitados nesta quarta-feira (11), com destaque para o lucro recorde da JBS, além dos números de Suzano, B3, MRV, entre outras companhias.
Além disso, fora da temporada, a Americanas anunciou a compra da rede de hortifruti Natural da Terra por R$ 2,1 bilhões.
Confira os destaques do noticiário corporativo pós-fechamento desta quarta:
JBS (JBSS3)
O frigorífico JBS registrou lucro líquido de R$ 4,4 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma alta de 29,7% em relação ao mesmo período de 2020, o maior lucro trimestral da história da companhia.
O desempenho no período foi impulsionado, segundo a empresa, pelo desempenho das operações na América do Norte.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado também foi recorde, em R$ 11,7 bilhões, uma alta de 10,3% na comparação anual.
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Já a receita líquida consolidada teve alta de 26,7%, para R$ 85,6 bilhões entre abril e junho deste ano.
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B3 (B3SA3)
A operadora da Bolsa brasileira, B3 apresentou lucro líquido recorrente de R$ 1,231 bilhão no segundo trimestre, uma alta de 21,6% sobre os R$ 1,012 bilhão de lucro registrados um ano antes. Na comparação com o primeiro trimestre houve uma queda de 7,9%.
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O resultado foi puxado pela forte atividade dos mercados brasileiros de ações e de dívida, fazendo com que a companhia superasse as projeções dos analistas consultados pela Refinitiv, que, na média, esperavam lucro de R$ 1,19 bilhão.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente registrou alta de 30,6% em um ano, para R$ 1,853 bilhão entre abril e junho deste ano, com a margem Ebitda indo para 80,9%, avanço de 6,58 pontos percentuais.
Enquanto isso, a receita líquida da companhia ficou em R$ 2,417 bilhões, valor 26,7% maior que os R$ 2,129 bilhões apresentados no segundo trimestre de 2020, e praticamente estável na comparação trimestral.
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Suzano (SUZB3)
A companhia de papel e celulose Suzano registrou lucro líquido de R$ 10,036 bilhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 2,052 bilhões apresentados um ano antes.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, por sua vez, teve uma alta de 42% na comparação anual, para R$ 5,941 bilhões. Segundo a companhia, o resultado foi recorde nessa linha.
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Analistas, porém esperavam que a Suzano reportasse Ebitda de R$ 6,66 bilhões, em média, segundo dados da Refinitiv.
Já a receita líquida de vendas da empresa ficou em R$ 9,844 bilhões entre abril e junho, um avanço de 23% ante os R$ 7,995 bilhões registrados um ano antes.
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Via Varejo ([ativo=VVAR3])
A Via Varejo registrou alta de 103% em seu lucro líquido do segundo trimestre na comparação com o mesmo período de 2020, para R$ 132 milhões, sustentada pelo forte crescimento no comércio eletrônico por conta do isolamento social.
A companhia, dona das redes Casas Bahia e Ponto, teve receita bruta no conceito GMV de R$ 11,4 bilhões, um avanço de 51% ante o segundo trimestre do ano passado.
Segundo a empresa, cerca de 65% do GMV deveu-se às vendas digitais, que corresponderam a cerca de R$ 7,5 bilhões, incremento de 35,7% na base anual.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 485 milhões, queda de 12,6% em um ano, com a margem recuando 4,4 pontos, para 6,2%.
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Locaweb (LWSA3)
A Locaweb registrou lucro líquido ajustado de R$ 23,7 milhões no segundo trimestre, alta de 87,7% ante o mesmo período de 2020, com aumento de receita e melhora do resultado financeiro.
A receita operacional líquida da empresa especializada em hospedagem de sites e computação em nuvem somou R$ 184,3 milhões, alta de 57,1%, com o segmento commerce registrando um salto de 159,3% na receita, para R$ 84,8 milhões.
O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 900 mil, montante bem abaixo da despesa líquida de R$ 3,9 milhões um ano antes, beneficiado pela receita financeira com o follow-on em meados de fevereiro.
O Ebitda ajustado cresceu 28,8%, para R$ 41,3 milhões, mas a margem Ebitda ajustada caiu de 27,3% para 22,4% na mesma comparação.
A companhia atribuiu o declínio na margem, principalmente, à consolidação dos resultados das empresas adquiridas, que possuem margem Ebitda inferior às apresentadas no grupo.
Ultrapar (UGPA3)
A Ultrapar registrou lucro líquido ajustado de R$ 290 milhões no segundo trimestre, resultado que não inclui o efeito de uma baixa contábil realizada na rede de farmácias Extrafarma, que teria levado a um prejuízo de R$ 18 milhões.
A companhia afirmou no balanço que baixa contábil na Extrafarma registrada no segundo trimestre foi de R$ 395 milhões, sem efeito caixa. O grupo acertou a venda da rede de farmácias para a Pague Menos em maio, por R$ 700 milhões.
Analistas, em média, esperavam que a Ultrapar apurasse lucro ajustado de R$ 329,6 milhões, segundo dados da Refinitiv.
O resultado operacional recorrente medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 898 milhões no segundo trimestre.
O valor recorrente, que não inclui o impairment da Extrafarma, representa um crescimento de 50% sobre o segundo trimestre do ano passado. Incluindo o efeito, o Ebitda cai para R$ 503 milhões, recuo de 18% ano a ano.
MRV (MRVE3)
A construtora MRV fechou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 203 milhões, uma alta de 86,1% sobre o mesmo período de 2020 e 48,5% maior que os três primeiros meses deste ano.
Segundo a companhia, a melhora do lucro refletiu o mercado imobiliário ainda aquecido no Brasil, além de uma melhora na linha “outras receitas (despesas) operacionais”, que ficou positiva em R$ 56 milhões, ante R$ 31 milhões negativos um ano antes.
Já a receita líquida da companhia ficou em R$ 1,82 bilhão, uma alta de 9,7% na comparação anual. Por outro lado, a margem bruta caiu 2,8 pontos percentuais, para 25,4%, o que a companhia atribuiu ao forte aumento de custo com matérias-primas.
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Americanas (AMER3)
Fora da temporada de resultados, a Americanas anunciou um acordo para comprar 100% da rede de hortifruti Natural da Terra por um total de R$ 2,1 bilhões. Esse é mais um avanço do grupo em um segmento considerado estratégico por impulsionar a recorrência de compras online.
A Americanas afirmou em comunicado que o preço da aquisição equivale a 9 vezes o múltiplo do valor da empresa sobre o lucro antes juros, impostos, depreciações e amortizações (EV/Ebitda) estimado do Natural da Terra para 2021.
No comunicado, a Americanas afirma que a rede Natural da Terra é a maior varejista especializada em produtos frescos com foco em frutas, legumes e verduras do Brasil, possuindo uma rede de 73 lojas em 4 Estados (RJ, SP, MG e ES) e sendo referência digital do setor no país, com as vendas online representando 16% do total.
Veja mais detalhes da operação clicando aqui.
(Com Reuters)
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