Super Quarta, Lula reúne ministros, crédito extraordinário, Trump e mais destaques

Confira os assuntos econômicos, corporativos e políticos que devem mexer com os mercados nesta segunda-feira (16)

Equipe InfoMoney

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Nessa semana, as decisões de juros dominarão as atenções. Na quarta-feira, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, o banco central americano, e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciarão as novas decisões de política monetária.

Lá fora, a expectativa da maioria há semanas era de um corte de 0,25 ponto percentual, mas ela mudou na semana passada. Desde o dia 13 de setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, as apostas passaram a ficar mais divididas entre ajustes de 0,25 p.p. ou de 0,50 p.p. e, nesta segunda-feira (16), estão meio a meio.

O movimento do mercado reflete o aumento das apostas de operadores de que o Fed pode tentar evitar a deterioração do mercado de trabalho, em vez de adotar uma abordagem mais lenta, com um corte mais gradual dos juros no início do ciclo de flexibilização da política monetária.

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“Nosso ponto de vista é que o Fed está atrasado em relação à curva – que deveria estar flexibilizando desde junho, ou possivelmente maio – e que agora precisa recuperar o atraso e talvez tenha que antecipar alguns dos cortes nos juros”, disse Gregory Daco, economista do Parthenon.

No mês passado, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que quer ver um arrefecimento adicional no mercado de trabalho e, desde então, outros formuladores de política monetária do banco central sinalizaram simpatia por essa opinião.

Já por aqui, as projeções são de um aumento de 0,25 p.p. na próxima reunião do Copom. A maioria dos analistas estima que o ciclo de alta, apesar de quase certo, será curto e de pouca magnitude. Hoje, os dados do Relatório Focus são aguardados com atenção, porque indicam pistas do sentimento do mercado sobre as próximas alterações na taxa.

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O que vai mexer com o mercado nesta 2ª

Agenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir às 9h30 com ministros e líderes do governo no Congresso para discutir o avanço das queimadas no país entre outros temas. Mais tarde, Lula participa da cerimônia de lançamento do cartão MEI, Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pariticipa às 19h30 da 24ª edição do Valor 1000 realizado pelo Valor Econômico.


Brasil

8h – FGV: IPC-S
8h25 – Relatório Focus
10h15 – FGV: Monitor do PIB
15h – Secex: Balança comercial

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Mercados Internacionais

Os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta segunda-feira (16), impulsionados pela expectativa de um corte nos juros pelo Fed. O Fomc vai se reunir na terça e quarta-feira e é amplamente esperado que façam seu primeiro corte nos juros desde que começaram a aumentar as taxas em março de 2022.

Os investidores também avaliam as implicações de uma segunda tentativa de assassinato o ex-presidente Donald Trump. Uma equipe do Serviço Secreto abriu fogo contra um homem armado em um campo de golfe em West Palm Beach, Flórida, no último domingo.

Tiros perto de Trump

Um tiroteio foi ouvido, no domingo (15), num campo de golfe perto de onde estava Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato do Partido Republicano nestas eleições, no estado da Flórida.

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O episódio ocorre dois meses após Trump ser vítima de um atentado durante comício em Butler (estado da Pensilvânia). Naquela ocasião, o candidato republicano foi ferido por um tiro de raspão na orelha.

Economia

Crédito extraordinário para queimadas e incêndios

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou neste domingo que o governo federal abra crédito extraordinário para atender às demandas causadas pelas queimadas e pelos incêndios da Amazônia e do Pantanal neste ano, sem que os recursos sejam limitados pelo arcabouço fiscal ou sejam computados para fins de cálculo das metas fiscais.

“São muitos pontos de incêndios, rios secando, danos ambientais gravíssimos, animais queimados, pessoas sofrendo sem água e sem comida”, registrou o STF por meio de sua assessoria de imprensa.

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“Em razão dessas emergências, a autorização para abertura do Crédito Extraordinário para fazer face a essas despesas extras não está limitado pelo arcabouço fiscal e não será computado para fins de cálculo das metas fiscais”, acrescentou. A decisão foi tomada pelo ministro do STF Flávio Dino.

BC vê rombo R$ 40 bi maior

O projeto da desoneração da folha de pagamentos, aprovado pelo Congresso com o aval do governo, reforça as divergências entre Banco Central e Ministério da Fazenda sobre o tamanho do rombo fiscal. Num cenário já marcado pela incerteza com o rumo das contas públicas, especialistas alertam para a perda de transparência e credibilidade em relação ao resultado primário do País – que leva em conta o saldo entre receitas e despesas e serve de parâmetro para a verificação da meta fiscal.

Fazenda projeta PIB para 3,2% em 2024

 A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda elevou sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 a 3,2%, ante estimativa anterior de 2,5%, prevendo também um nível mais alto de inflação à frente, mostrou boletim divulgado nesta sexta-feira.

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Apesar de prever um Produto Interno Bruto (PIB) mais forte neste ano, a pasta piorou a expectativa para o crescimento da economia em 2025, de 2,6% para 2,5%.

A secretaria informou que o resultado observado no PIB do segundo trimestre deste ano foi superior ao esperado, elevando o carregamento estatístico para o crescimento de 2024.

Na avaliação da pasta, haverá desaceleração moderada no ritmo de atividade no terceiro trimestre deste ano, se comparado com o desempenho do segundo trimestre. A secretaria espera que o período registre um recuo de 0,5% na atividade do setor agropecuário e elevações de 1,2% na indústria e 0,7% em serviços.

Política

Datena agride Marçal

Depois de algumas provocações e desentendimentos entre os candidatos, José Luiz Datena (PSDB) partiu para cima do ex-coach Pablo Marçal (PRTB) e o agrediu com uma cadeira durante debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo promovido, neste domingo (15), pela TV Cultura. Imediatamente, o mediador chamou o intervalo comercial e o debate foi interrompido. Depois, Datena foi expulso do evento.

O episódio ocorre duas semanas depois de Datena quase ter partido para as vias de fato contra Marçal em debate promovido pela TV Gazeta. 

Reunião sobre queimadas

O presidente Lula vai comandar, nesta segunda, uma reunião com ministros e líderes do governo no Congresso para discutir o avanço das queimadas no país entre outros temas.

A reunião contará com a participação de ministros Rui Costa, da Casa Civil; Fernando Haddad, da Fazenda; Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral; Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais; e Paulo Pimenta, da Comunicação Social, além de líderes.

Terrorismo climático


A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou neste sábado (14), em São Carlos, no interior de São Paulo, que o Brasil vive um terrorismo climático, com pessoas usando as altas temperaturas e a baixa umidade para atear fogo ao país, prejudicando a saúde das pessoas, a biodiversidade e destruindo as florestas. “Há uma proibição em todo o território nacional do uso do fogo, mas existem aqueles que estão fazendo um verdadeiro terrorismo climático”, afirmou em entrevista a veículos de comunicação.


“Bando de imbecis”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “bando de imbecis” aqueles que defendem a privatização da Petrobras (PETR3;PETR4) e afirmou que a operação Lava Jato, que apontou um enorme esquema de corrupção na estatal, não visava prender corruptos, mas sim desmoralizar a petroleira para vendê-la.

Em discurso em cerimônia de inauguração do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, Lula disse ainda que a Petrobras não serve apenas para dar lucro, mas também para prestar serviço à sociedade. Lula declarou amor à empresa e disse que ela está no seu sangue. Prometeu atuar em seu governo para transformar a Petrobras na maior companhia de energia do mundo.

(Com Reuters, Estadão e Agência Brasil)