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SÃO PAULO – A SulAmérica (SULA11), companhia de seguros e de planos de saúde, lucrou de forma líquida R$ 280,3 milhões no terceiro trimestre de 2021, número 2% menor do que os R$ 398,7 milhões do mesmo período de 2020.
A empresa registrou um menor faturamento mesmo com as suas receitas operacionais entre julho e setembro crescendo 3,7% na base anual, chegando a R$ 5,24 bilhões.
A companhia destaca, quanto ao maior faturamento, para o aumento do número de beneficiários dos seguros de saúde e odontológicos, que se deu principalmente por conta de carteiras coletivas. Foram 341 mil novas vidas somadas nos últimos 12 meses, chegando a 4,5 milhões de segurados. No setor de seguros de vida, a receita cresceu 10,9% no ano, chegando a R$ 140,2 milhões, com realce para os seguros viagens.
Queda do lucro da SulAmerica se explica por maior sinistralidade
A leve queda do lucro se explica, então, principalmente, pelo aumento da sinistralidade em todos os setores. No braço de planos de saúde e odontológicos os gastos cresceram 4,8%, para R$ 4,1 bilhões. No de seguros, o avanço foi de 21%, para R$ 136,2 milhões.
Segundo a companhia, a alta desses gastos é fruto da junção dos casos remanescentes de Covid-19 com a retomada dos níveis normais de procedimentos eletivos, que foram impactados em 2020, com as pessoas evitando hospitais e consultórios pelo maior medo da pandemia.
A SulAmerica viu também crescerem as suas despesas administrativas, que chegaram a R$ 407,1 milhões, alta de 14% na comparação com o terceiro trimestre de 2020. Segundo a empresa, isso se deu por conta da internalização de alguns processos e também pelo aumento das campanhas de publicidades.
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Balanço é impulsionado por resultado financeiro
Os maiores gastos com sinistralidade e com despesas administrativas acabaram por apagar a melhora do resultado financeiro da SulAmerica, que totalizou R$ 110,9 milhões – uma alta de 662,4% na base anual, explicada, majoritariamente, pela melhora do resultado de investimentos atrelados à inflação e à taxa básica de juros -, e também minimizaram o impacto do reconhecimento de créditos fiscais, que somaram R$ 223,8 milhões ao balanço.
Não fosse o resultado financeiro positivo, a SulAmérica registraria um prejuízo operacional de R$ 17,5 milhões, invertendo o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em inglês) positivo de R$ 393 milhões do segundo trimestre de 2020.
A SulAmérica terminou setembro com caixa líquido e diminuiu a sua dívida bruta em 4,3%, passando agora a ser de R$ 2,09 bilhão.