Stone quer vender Linx, e Totvs pode comprar, diz site; Goldman vê sentido em negócio

Em 2020, cabe ressaltar, Stone e Totvs disputaram o ativo

Equipe InfoMoney

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Uma nova operação de venda e aquisição de ativos está no radar? De acordo com o Neofeed, a Stone (BDR: STOC31) contratou bancos para uma possível venda da Linx, uma das principais fornecedoras de tecnologia para o setor de varejo no Brasil.

Essa notícia reacendeu o interesse dos investidores sobre uma potencial aquisição pela Totvs (TOTS3), que já havia tentado comprar a Linx em 2020. Durante a conferência de resultados do 2T24, a administração da Totvs indicou que ainda poderia estar interessada na Linx.

A Linx, que foi uma das maiores empresas de software do Brasil antes de ser adquirida pela STNE em 2020, se especializa em soluções de software para redes de varejo e franquias. Seus principais produtos incluem software de ponto de venda (POS) e sistemas de ERP voltados para as operações das lojas. Historicamente, a Linx atendeu grandes empresas, enquanto a Totvs foca em pequenas e médias empresas (PMEs).

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De acordo com a publicação, enquanto a Linx foi adquirida pela Stone, em 2020, por R$ 6,7 bilhões numa disputa enorme com a Totvs, a ex-rival pode levar a companhia, mas por um valor muito mais baixo. Isso porque, nos bancos de investimentos, a avaliação é a de que a Linx é hoje um negócio que vale metade do que a Stone pagou, enquanto acreditam ser difícil a venda para um player do exterior.

Os analistas do Goldman Sachs acreditam que a combinação da Linx com a Totvs poderia criar sinergias estratégicas significativas. A Totvs, que já possui uma forte presença em setores como atacado e supermercados, poderia se beneficiar da expertise da Linx em segmentos onde a Totvs tem presença limitada, como vestuário e alimentação. Além disso, a Linx desenvolveu soluções de e-commerce que poderiam acelerar o portfólio de desempenho empresarial da Totvs, ajudando a diversificar suas ofertas.

As expectativas de sinergias financeiras foram destacadas na proposta de aquisição de 2020, com estimativas de economias operacionais anuais de R$ 60 milhões (R$ 1 bilhão em Valor Presente Líquido, ou VPL) e um aumento de receita de R$ 160 milhões (R$ 1,3 bilhão em VPL), além de sinergias financeiras/fiscais.. Para os analistas do banco, as sinergias viriam da otimização de marketing, consolidação de estruturas duplicadas e uma rede de distribuição combinada mais robusta.

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O Goldman avalia ainda que a Totvs conta com executivos que têm um histórico significativo na Linx, o que poderia facilitar o processo de due diligence (processo de investigação e análise de informações realizado antes de uma negociação ou contratação) e integração em caso de uma fusão. O CEO da Totvs, Dennis Herszkowicz, e o VP de Customer Journey, Gustavo Avelar, têm experiências anteriores na Linx, o que pode ser um ativo valioso em uma potencial aquisição.

Assim, aponta o Goldman, as atuais notícias serão monitoradas de perto pelos investidores, que veem a Linx como uma oportunidade estratégica, especialmente em um cenário de crescimento no setor de tecnologia para o varejo.

O banco tem recomendação neutra para a Totvs, com preço-alvo de R$ 34 para doze meses, ou alta de 16% frente o fechamento da última quinta-feira (12).

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