Publicidade
O JPMorgan elevou a recomendação para a ação da Stone negociada na Nasdaq (BDR: STOC31) de equal-weight (exposição igual a média do mercado, equivalente à neutro) para overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), com base na previsão de crescimento da lucratividade e avaliação descontada. O preço-alvo é de US$ 20 para dezembro de 2024, o que implica em um potencial de valorização de 50% em relação aos níveis de fechamento da última quarta-feira.
Após uma queda de 26% nos lucros este ano e de cerca de 20% nas cotações desde os resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24), o JPMorgan vê a ação da Stone negociando em um nível historicamente baixo de 9 vezes Preço (P)/Lucro (L) para 2025, o que considera uma avaliação atraente para uma taxa crescimento anual composta (CAGR) de lucros de 20% entre 2023 e 2027.
Se a empresa conseguir cumprir a projeção, o CAGR seria na verdade mais próximo de 30% ao ano e a Stone estaria negociando a 5 vezes os lucros estimados para 2027.
Continua depois da publicidade
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos
Com relação ao ambiente macroeconômico, apesar da Selic mais alta por mais tempo não ser ideal para o setor, o JPMorgan vê as empresas de pagamento como menos dependentes desse cenário e acredita que a reavaliação da Stone depende mais das entregas bancárias (ou seja, depósitos e crescimento saudável do crédito).
O banco acrescenta que a Selic mais alta por mais tempo deve promover alguma racionalidade na indústria.
Continua depois da publicidade
Para o negócio principal de pagamentos, o JPMorgan avalia os dados atuais como saudáveis, uma vez que as receitas de MDR ((Merchant Discount Rate, ou percentual a ser descontado do valor de uma transação, definido por produto), que eram uma preocupação no 1T24, permaneceram estáveis após ajustes; (ii) os spreads de pré-pagamento acompanhados pelo FIDC estão abaixo dos níveis de 2019, o que o banco afirmou gostar, pois reduz a percepção de ganhos excessivos dos adquirentes no produto.
O banco também destaca que o crescimento do TPV (ex-PIX) reacelerou para 13% contra 11% em 2023, bem como as taxas de take rate (líquidas do custo de financiamento) continuam a subir (+16bps ano a ano).
Em termos de participação de mercado, analistas calculam que a Stone detenha uma parcela de 20% no mercado de pequenas e médias empresas. Isso, combinado com um alto NPS (metodologia de satisfação de clientes), deixa a Stone bem posicionada para capturar mais participação em serviços de valor agregado no segmento (bancário, crédito, software).
Continua depois da publicidade
Segundo estimativas, o lucro bancário pós-provisão da companhia deve atingir R$1,2 bilhão no ano fiscal de 2025 contra R$ 850 milhões no ano fiscal de 2024.
Por fim, o JPMorgan ressalta que a Stone possui o melhor retorno sobre patrimônio tangível (ROTE) da classe, 25 a 30%, deixando para trás os pares PagSeguro e Cielo, com 16 e 17%, respectivamente.