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SÃO PAULO – A prisão do empresário Eike Batista, suspeito de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, foi grande destaque nos principais meios de comunicação do mundo nesta segunda-feira (30). Jornais estrangeiros noticiaram a detenção dele e ressaltaram sua intensa derrocada nos últimos cinco anos, passando de homem mais rico do país a presidiário.
Uma das notícias que chamou mais atenção foi a do jornal francês “Le Monde”, que lembrou de um antigo apelido do empresário no título da matéria: “Fim da linha para Eike Batista, o ‘Steve Jobs do Brasil’, acusado de corrupção”. A publicação destacou que o ex-homem mais rico do Brasil fugiu para os Estados Unidos para escapar do “escândalo da Petrobras”.
O site da revista alemã “Der Spiegel” também deu destaque para a noticia, informando que “Ex-bilionário Eike Batista vai para a prisão”. O texto recontou a trajetória de Eike e ressaltou que ele já foi a pessoa mais rica do país e uma das mais ricas do mundo, sendo que agora ele foi preso sob suspeita de pagar propinas. A revista também informou que além da nacionalidade brasileira, o empresário também é cidadão alemão.
O norte-americano “The New York Times” ressaltou que Eike “já foi visto como um brilhante exemplo de um Brasil confiante e expansão”. “Sua ascensão simbolizou um país em desenvolvimento que parecia combinar com sucesso empresas privadas como justiça social e que estava surfando alto no aumento dos preços das commodities”, diz o texto.
O britânico “Financial Times” foi outro que destacou a trajetória decadente de Eike. “A prisão marca um ponto baixo para o empresário que antes voava alto, que cavalgou no superciclo das commodities da primeira década deste século para se tornar o homem mais rico do país, apenas para ver sua fortuna colapsar quatro anos atrás quando seu império quebrou”.
Já o The Wall Street Journal ressaltou que Eike ficará detido justamente durante um período crítico para o sistema carcerário brasileiro. “Desde o começo do ano, uma onda de rebeliões nas prisões no Brasil deixou mais de 120 detentos mortos, expondo a superlotação e as pobres condições das penitenciárias do país”, diz a reportagem.