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S&P 500: Até onde pode ir o índice da NYSE pela análise técnica?

Tendência é de alta para o S&P 500, mas possíveis sinais de esgotamento do movimento devem ser observados, conforme grafistas

Rodrigo Petry

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Principal índice acionário da NYSE, o S&P 500, que reúne as maiores empresas americanas da Bolsa de Valores, vem renovando suas máximas do ano e opera dentro de uma linha de tendência de alta (LTA).

Após recusar renovar os “fundos”, observados em março deste ano, o S&P 500 virou para alta, enfrentando uma consolidação entre abril e maio, mas que foi rompida, quando o índice ultrapassou os 4.200 pontos, iniciando a LTA.

Com o rompimento da resistência – região de preços que atrai vendedores, conforme a análise técnica –, essa faixa virou suporte (quando compradores são atraídos). E, desde então, o S&P 500 vem renovando topos.

Confira, a seguir, quais são as perspectivas para o S&P 500, conforme grafistas consultados pelo InfoMoney.

Análise técnica: S&P 500

Para Matheus Lima, analista técnico da Top Gain, após o rompimento dos 4.200 pontos, o S&P 500 iniciou tendência de alta, que teve suporte nos 4.300 pontos, “quando o preço fez a primeira movimentação contrária à tendência mais relevante e então retomou para alta.”

Assim, o índice foi “renovando topos”, até bater de frente com a resistência atual, próxima dos 4.600, “onde os candles mais próximos ao topo entregam fechamentos abaixo da região”. “Caso o preço precise de maior intenção compradora para renovar topos novamente, a LTA pode fornecer o suporte necessário, próximo aos 4.500.”

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Fonte: TradingView. Elaboração: Matheus Lima

O analista técnico Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, aponta que, no curto prazo, o índice americano S&P 500 vem dentro de uma tendência de alta, “trabalhando em um canal entre topos e fundos ascendentes”.

“Esse canal projeta um possível alvo entre 4.595 pontos (1) e 4.637 pontos (2) [veja no gráfico abaixo], voltando para dentro do mesmo cenário de fevereiro a março de 2022″, diz.

Segundo ele, após o S&P 500 romper os 4.524 pontos – que foi o topo de agosto de 2021 –, o índice vem trabalhando em um processo de consolidação há 5 dias.

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Assim, aponta Schrepel, o índice tem como seu primeiro desafio romper a resistência dos 4.578 pontos, que tem como suporte os 4.524 pontos (1) e os 4.448 pontos (2).

“O destaque negativo que chama atenção é o IFR (Índice de Força Relativa), enquanto o gráfico de preços realiza topos ascendentes, o oscilador não acompanha, apontando para uma divergência de baixa”, pondera.

Fonte: TradingView. Elaboração: Guilherme Schrepel

S&P 500: médio prazo

Enquanto isso, na visão do gráfico semanal [veja abaixo], é possível observar de forma mais ampla o movimento do índice, que tem como máxima a região dos 4.820 pontos, formada em janeiro de 2022, e mínima nos 3.490 pontos, formada em outubro de 2022.

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“Os últimos candles entregaram um fechamento abaixo dos 4.600 pontos, região da qual, se olharmos para o passado do S&P 500, perceberemos a existência de suportes e resistências – o que a torna importante. Caso este ponto seja rompido, o preço tende a testar o rompimento do atual topo de movimento; se respeitado e os 4.600 pontos não forem rompidos, o preço pode vir buscar a LTA próxima aos 4.100“, analisa.

Fonte: TradingView. Elaboração: Matheus Lima

Saiba mais:

Para Schrepel, analisando o gráfico semanal, de médio prazo, o índice já vem subindo há três semanas seguidas, mas já vem deixando “candles com demonstração de vela na parte superior e corpo real reduzido”.

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“De fato, o índice pode estar nos mostrando que está chegando ao final da sua trajetória altista”, pondera.

Segundo ele, os suportes estão em 4.279 e as resistências marcadas em 4.578 (1), 4.595 (2) e 4.637 (3); sendo assim, as regiões denominadas como (2) e (3) [veja no gráfico abaixo] “podem ser consideradas como alvos para o índice americano.”

Fonte: TradingView. Elaboração: Guilherme Schrepel

S&P 500: longo prazo

Em relação ao longo prazo, Lima aponta que o gráfico mensal conta com topos e fundos ascendentes, o que demonstra que o S&P 500 está com tendência de alta, com primeiro fundo nos 2.180 pontos e topo nos 4.820 pontos.

“Puxando um estudo de linha entre os topos e fundos aparentes, podemos visualizar um canal de alta que se estende até os 6.000 pontos. Isso seria desconfigurado caso o canal venha a romper para baixo dos 4.000 pontos.”

Fonte: TradingView. Elaboração: Matheus Lima

Por fim, para o analista técnico da XP, Gilberto Coelho, o S&P 500 segue em tendência altista definida pelas médias móveis de 21 e 200 dias e renovando máximas do ano.

“Acima dos 4.581 reforçaria projeções nas resistências entre 4.635 e 4.810. O sinal de alta perderia força com um fechamento abaixo dos 4.530, mirando suportes em 4.470 ou 4.335.”

Fonte: Investing. Elaboração: Relatório XP

Rodrigo Petry

Coordenador de Projetos Editoriais. Atuou como editor de mercados e investimentos no InfoMoney, liderando o Ao Vivo da Bolsa e o IM Trader. Antes, foi editor-chefe do portal euqueroinvestir, repórter do Broadcast (Grupo Estado) e revista Capital Aberto. Também foi Gestor de Relações com a Mídia do ex-Grupo Máquina e assessor parlamentar.