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Um invasor desconhecido drenou pelo menos US$ 5 milhões em SOL e outros tokens de cerca de 8 mil carteiras digitais Phantom, Slope, entre outras que armazenam ativos da rede Solana, na manhã desta quarta-feira (3).
O ataque foi motivo de fortes críticas de investidores, com um grupo considerando publicamente a abertura de uma posição vendida contra a criptomoeda. Uma posição do tipo, também chamada de short, é realizada por meio da venda de um ativo emprestado ou seu derivativo (contrato de futuros) na expectativa de comprá-lo de volta mais tarde a um preço mais baixo.
O preço doa criptomoeda chegou a cair, mas os vendedores não conseguiram romper um importante suporte de 50 dias do ativo, na região de US$ 37,50. No momento desta publicação, o SOL era negociado próximo da estabilidade, a US$ 40,45, de volta ao patamar em que operava antes do ataque.
As perdas do SOL foram mínimas considerando que ataques hackers historicamente levaram a quedas de dois dígitos nos preços de criptomoedas relacionadas.
Ainda assim, o hack se soma a uma lista de episódios negativos da quinta maior blockchain de smart-contracts (contratos inteligentes) do mundo, que promete transações mais rápidas e mais baratas que o Ethereum (ETH). Antes do caso mais recente, a rede já passou por diversas interrupções nos últimos 12 meses.
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Para especialistas, o que está ajudando o token a resistir à nova crise é o status de sobrevenda do SOL em uma perspectiva de análise gráfica. Além disso, o ativo faria parte de posições multimilionárias de grandes investidores que não têm o menor interesse em ver o preço despencar.
“A oferta do SOL é controlado por ‘baleias’ e parece que eles estão mantendo seus estoque de moedas”, disse a empresa de gestão de criptoativos MintingM.
Em cripto, as baleias são os maiores detentores de criptomoedas – investidores institucionais, exchanges, indivíduos de alto poder aquisitivo –, que são capazes de movimentar enormes quantidades de tokens e oscilar os preços do mercado.
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A queda graca da Solana em reação ao hack ocorre na esteira de um cenário similar visto em junho, em meio a uma polêmica em torno da ferramenta de empréstimos Solend, a maior da Solana.
Em 19 de junho, os usuários da Solend votaram para assumir a maior conta do protocolo: uma baleia que mantinha uma posição de margem enorme e que gerava preocupação por ter chegado de ser liquidada.
A medida foi destinada a mitigar o risco de liquidação para proteger o preço da Solana, mas foi fortemente criticada nas mídias sociais por ir contra os princípios das finanças descentralizadas (DeFi). No entanto, o SOL saltou mais de 6% no mesmo dia e avançou outros 20% nos seis dias seguintes.
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Segundo MintingM, assim como a criptomoeda passou ilesa pela questão da Solend, provavelmente passará sem maiores percalços pela invasão atual.
Matthew Dibb, COO e cofundador da Stack Funds, disse: “A Sol tem tido um desempenho inferior em relação a outras criptos de primeira camada (que não dependem de outras blockchains para funcionar), mas está se mostrando relativamente estável após o hack de hoje”.
O especialista, contudo, disse que espera uma pressão de venda contínua no curto prazo, à medida que os detalhes do ataque venham à tona.
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