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SÃO PAULO – O clima de aversão ao risco voltou ao mercado, levando à queda da maior parte das bolsas mundiais e pressionando o Ibovespa após duas sessões de alívio e forte alta. Nesta quarta-feira (15), a Turquia anunciou aumento das tarifas de vários produtos importados dos Estados Unidos em retaliação ao país.
As ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4;PETR3) foram impactadas pelo mal humor generalizado e fecharam em queda. A sessão também foi marcada pelo vencimento de opções sobre Ibovespa e pela reta final da temporada de balanços.
Confira esses e outros destaques corporativos desta quarta-feira:
CSN (CSNA3)
As ações da CSN derreteram seguindo o mau humor generalizado e impactadas pela informação da própria companhia que um funcionário da siderúrgica em Volta Redonda (RJ) teve mais de 80% do corpo queimado, vítima de um acidente durante atividades de manutenção na terça-feira (14). De acordo com a CSN, o local onde ocorreu o acidente já estava em processo de manutenção e não houve parada de produção.
JBS (JBSS3)
A JBS teve prejuízo de R$ 827 milhões, revertendo resultado positivo do segundo trimestre do ano passado. O resultado negativo é decorrente do impacto bilionário de variação cambial sobre o resultado financeiro da companhia. A companhia afirmou sem o impacto cambial, o lucro líquido seria de R$ 3 bilhões. A despesa financeira líquida somou R$ 4,7 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de de R$ 4,24 bilhões, aumento de 12,8% em base anual.
Marfrig (MRFG3)
A Marfrig reportou prejuízo líquido de R$ 537,7 milhões ante prejuízo de R$ 262 milhões no segundo trimestre de 2017. O resultado foi impactado pela adesão da empresa ao programa de renegociação da dívida do Funrural. O Ebitda ajustado foi de R$ 461 milhões, alta de 199%.
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Suzano (SUZB3)
A Suzano admite que a aprovação da operação por órgãos antitruste poderá envolver a imposição de “remédio comportamental”, de acordo com o presidente da companhia, Walter Schalka. Nesse caso, a Suzano teria de garantir um volume mínimo de celulose a ser ofertado em determinado mercado, por exemplo, mas escaparia de ter de vender ativos para fechar o negócio. As informações são do jornal Valor Econômico. “Não vemos possibilidade de remédio estrutural, como a venda de ativos. Mas é possível que haja remédio comportamental e a companhia estará pronta para lidar com isso”, disse Schalka.
Itaú (ITUB4)
O Itaú informou que vai recorrer de decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), por meio de agravo, em caso envolvendo a cobrança de CSLL (Imposto de Renda e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) no âmbito da fusão com o Unibanco. O TRF-1 liberou, na terça-feira (14), o julgamento de um processo de R$ 26,6 bilhões do Itaú pela Carf (Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
Petrobras (PETR4; PETR3)
A Petrobras elevou o preço da gasolina nas refinarias em 1,49%. Com isso, o preço da gasolina A passará de R$ 1,9420 para R$ 1,9711 entre quarta e quinta-feira (16). Na terça-feira (14), a estatal aumentou em 1,28% preço do combustível. Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 50,02% e, o do diesel, valorização de 49,92%.
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Kroton (KROT3)
A Kroton reportou queda de 12,8% em seu lucro líquido ajustado, para R$ 562 milhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 641,5 milhões, queda de 8,4%. A margem Ebitda ajustada caiu 4,1 pp, para 42%.
Em teleconferência, o diretor de relações com investidores Carlos Lazar explicou que a principal razão para a queda no Ebitda foram as novas unidades colocadas no mercado. “Elas iniciam com margem negativa, porque não têm receita e têm custos”, disse. A expectativa é de que elas atinjam o break-even no segundo ano de operação. A expectativa de Lazar para este ano é de queda na margem.
“Não vemos muitas mudanças operacionais que impliquem em mudanças de curto prazo para a Kroton. No longo prazo, destacamos alguns aspectos que poderiam contribuir para os resultados da empresa, como as duas pequenas aquisições anunciadas e o acordo com a Ser Educacional, ainda pendentes de aprovação pelo Cade”, afirmam os analistas do Bradesco BBI.
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Eletrobras (ELET6)
A Eletrobras reportou lucro líquido de R$ 2,83 bilhões, crescimento de 823% em relação ao mesmo período de 2017. A receita operacional líquida da empresa atingiu R$ 12,288 bilhões, um aumento de 35% em base anual.
A diretoria executiva da estatal aprovou os preços mínimos de venda das SPEs (Sociedades de Propósito Específico) nas quais é sócia. O valor estipulado é de R$ 3,1 bilhões. O leilão está previsto para 27 de setembro e serão alienadas 71 participações societárias em SPEs reunidas em 18 lotes, que incluem ativos de geração eólica e linhas de transmissão. O objetivo é reduzir a alavancagem financeira da empresa e de suas controladas.
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CCR (CCRO3)
O lucro líquido da CCR despencou 58,4%, para R$ 277,7 milhões, com os impactos negativos da greve dos caminhoneiros. O Ebitda foi de R$ 1,187 bilhão, queda de 31% em relação ao segundo trimestre de 2017, e a receita líquida alcançou R$ 2,044 bilhões, crescimento de 3%.
Segundo os analistas do Bradesco BBI, a consolidação total da concessionária ViaMobilidade deve reduzir a alavancagem nos próximos trimestres. Além disso, avaliação é de que a CCR tem uma plataforma de crescimento forte no Brasil, com balanço confortável para investir até R$ 8,5 bilhões em novos projetos pelos próximos três anos.
“O papel desconta uma TIR real implícita de 9%, que confirma que o valuation não está incorporando a capacidade da companhia em alavancar o balanço para compra por concessões e expandir fluxo de caixa”, afirma o Bradesco BBI em relatório.
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Estácio (ESTC3)
O lucro líquido da Estácio cresceu 42,5%, para R$ 236,9 milhões. O Ebitda ficou em R$ 274,1 milhões, aumento de 7,9% na comparação anual. Segundo a empresa, o resultado reflete aumento de eficiência e faturamento maior com expansão da base de alunos e do ticket médio.
Qualicorp (QUAL3)
A Qualicorp teve lucro líquido consolidado de R$ 88,6 milhões, crescimento de 24% ante o segundo trimestre de 2017. O Ebitda ajustado foi de R$ 214,4 milhões, apontando recuo de 9,7% em decorrência de maior gasto com pessoal e despesas operacionais ligadas ao processo de reajuste que busca maior retenção de clientes. A margem Ebitda ajustada caiu de 48,7% para 44,4%.
O Bradesco BBI destaca a desaceleração mais acentuada dos aumentos médios de preços, tanto para as taxas de administração quanto para as de corretagem. “A acentuada desaceleração das referências de aumento de preços é um novo ponto de atenção, pois pode representar obstáculos para o crescimento futuro”, dizem os analistas. Os custos e as despesas estão sob controle, embora os analistas observem um leve aumento nas despesas com pessoal.
Segundo os analistas do BTG Pactual, a teleconferência com investidores trouxe “uma mensagem mais positiva para a dinâmica” de ganhos para o segundo semestre. Além disso, a diretoria deu informações sobre o plano de reestruturação societária. A empresa está com três projetos em paralelo: redução de capital, incorporação da corretora na holding para aproveitamento do prejuízo fiscal e pagamento de JCP (juros sobre capital próprio).
“Não se comprometeram com timing, mas deixaram claro que é prioridade da empresa otimizar a distribuição de caixa para o acionista. Pelas nossas contas, somente o aproveitamento do prejuízo fiscal da holding traria uma economia de imposto de cerca de R$ 5 milhões ao ano. Mas o pagamento de JCP poderia chegar a trazer entre R$ 40 milhões a R$ 50 milhões ao ano. A dinâmica do segundo semestre, claro, não será fácil, mas acreditamos que o valuation já reflete boa parte disso”, disseram os analistas em relatório.
Biotoscana (GBIO33)
O lucro líquido da Biotoscana disparou 380% no segundo trimestre, passando de R$ 7 milhões para atuais R$ 32 milhões. Enquanto isso, a receita líquida da companhia ficou em R$ 248 milhões, uma alta de 34% em um ano, enquanto o Ebitda ajustado avançou 58%, para R$ 62 milhões entre abril e junho.
Segundo os analistas do BTG Pactual, o resultado foi forte, sendo que todos os principais produtos da companhia reportaram bons números, com destaque positivo para Vidaza & Ambisome e produtos recém lançados, principalmente Halaven e Abraxane.
“A performance em todos os países foi boa principalmente com um aguardado print positivo de Colômbia, crescendo cerca de 16% em moeda constante”, disseram os analistas mantendo a recomendação de compra para as ações.
Cemig (CMIG4)
A Cemig teve prejuízo de R$ 60,4 milhões ante lucro de R$ 138,1 milhões no terceiro trimestre de 2017. O resultado foi impactado, principalmente, pelo aumento da despesa financeira decorrente da variação cambial após uma emissão de títulos no exterior. O Ebitda foi de R$ 274,1 milhões, aumento de 7,9%. A receita líquida foi de R$ 5,5 bilhões, alta de 6,3%.
“O pior parece ter passado, já que seus esforços recentes para aumentar a eficiência em termos de custos e uma revisão tarifária melhor do que a esperada para seus negócios de distribuição melhoraram os dados operacionais neste trimestre”, avaliam os analistas do Brasil Plural.
Apesar do tom positivo, os analistas destacam a “surpresa negativa” vinda dos impactos cambiais sobre os eurobonds recentemente emitidos pela empresa. No curto prazo, o desafio mais relevante da empresa deve ser o processo de desinvestimento na Light. “Apesar dos nomes para possível aquisição do ativo, o fluxo de notícias não indica um acordo sendo alcançado no curto prazo”, afirmam os analistas. O prazo para exercício da opção de venda que outro acionista da Light detém contra a Cemig é novembro deste ano.
“A próxima eleição no Estado de Minas Gerais também deve ser acompanhada de perto, pois pode representar um catalizador potencial para a ação, com Antonio Anastasia (PSDB) liderando as pesquisas, que parece positivo para a empresa”, diz o Brasil Plural em relatório.
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Positivo (POSI3)
A Positivo registrou prejuízo líquido de R$ 11,6 milhões ante lucro líquido de R$ 2,2 milhões no segundo trimestre do ano passado. O resultado foi impactado pela alta do dólar e aumento dos custos de insumos. A receita líquida foi de R$ 485,1 milhões, em alta de 11,4%. O Ebitda ajustado alcançou R$ 7,9 milhões, queda de 76,8% em base anual.
Gafisa (GFSA3)
O conselho de administração da Gafisa autorizou a companhia a desenvolver potenciais alternativas estratégicas, inclusive por meio da venda do controle ou combinação dos negócios. A decisão do conselho foi tomada após o acionista GWI Assest Management ter pedido a convocação de uma assembleia geral extraordinária para a destituição de todos os integrantes do conselho de administração. O conselho também autorizou a administração da empresa a contratar assessores financeiros e jurídicos para auxiliar no processo.
BB Seguridade (BBSE3)
A ação da BB Seguridade foi elevada para outperforma (acima da média do mercado, o equivalente a compra) pelo time de análise do Credit Suisse.
Anima Educação (ANIM3)
A Anima Educação anunciou na terça-feira (14) a eleição de Marcelo Battistella Bueno, então vice-presidente executivo da companhia, ao cargo de presidente, em substituição ao sócio-fundador Daniel Castanho. Em fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a empresa esclarece que a Daniel deixou a presidência para liderar o conselho de administração, no lugar de Daniel Goldberg, que passará a ocupar a posição de vice-presidente do colegiado.
Even (EVEN3)
A Even informou na manhã desta quarta-feira que Dany Muszkat renunciou ao cargo do diretor-presidente da companhia. Ele permanecerá como membro da administração da Even ocupando uma cadeira no Conselho de Administração no lugar de John Harris que também renunciou hoje à sua posição como Conselheiro. Muszkat está na empresa há 20 anos e foi um dos sócios fundadores. Em reunião do Conselho de Administração, Leandro Melnick foi eleito para ocupar o cargo de diretor-presidente. Ele é o atual presidente do Conselho de Administração da Companhia, cargo que continuará ocupando de forma cumulativa por até um ano.
General Shopping (GSHP3)
A General Shopping e Outlets do Brasil teve prejuízo líquido de R$ 223,2 milhões, valor três vezes maior que a perda de R$ 72,9 milhões no segundo trimestre de 2017. A receita líquida somou R$ 46,9 milhões, recuo de 24,1%.O Ebitda ajustado foi de R$ 33,4 milhões, com margem de 71,2%, e queda de 23,4% em relação ao mesmo período de 2017.
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