Vamos (VAMO3) e Simpar (SIMH3) sobem com proposta de cisão de concessionárias

Simpar propõe cisão de negócio de concessionárias da Vamos e fusão com Automob

Felipe Moreira

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A controladora da Vamos (VAMO3), a Simpar (SIMH3), propôs separar o negócio de concessionárias em uma nova empresa, incorporando outra controlada da holding: a Automob, que atua no segmento de concessionárias de veículos leves e atingiu faturamento bruto de R$ 9,5 bilhões no intervalo de um ano.

No fechamento do pregão desta segunda-feira (30), as ações da Simpar saltaram 6,27%, a R$ 5,59, enquanto as da Vamos avançaram 1,69%, a R$ 6,61.

A proposta da Simpar já chegou ao conselho de administração da Vamos. Segundo informou a holding, em fato relevante, a operação daria origem “ao maior e mais diversificado grupo de redes concessionárias do Brasil”.

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Entenda a operação

A Vamos Concessionárias será fundida com a Automob, utilizando parte da participação da Simpar, para criar uma nova empresa listada, focada no negócio de concessionárias.

A XP Investimentos considera a proposta positiva, uma vez que ela faz sentido do ponto de vista estratégico tanto para a Vamos quanto para a Automob e oferece uma oportunidade de desalavancagem para a Simpar (reduzindo a dívida líquida da holding de R$ 3,3 bilhões para R$ 2,3 bilhões).

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O time da XP também vê benefícios de canais de vendas de aluguel expandidos para a Vamos explorar com todas as redes de concessionárias, bem como projetos sinérgicos e maior potencial de consolidação para a Automob, por ser uma empresa de capital aberto.

Além disso, a XP disse a transação implica em múltiplos relativos justos (EV/EBITDA para 2,25 de 6,7 vezes para a Automob e 15,9 vezes para as concessionárias da Vamos), levando em conta os diferentes ciclos dos negócios.

O time de análise da XP também reitera recomendação de compra Simpar e Vamos.

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Já o BTG comenta que embora o mercado geralmente não goste de transações entre partes relacionadas, os movimentos recentes da Simpar têm mostrado boa governança, com a aprovação exclusiva dos minoritários.

Segundo o banco, a segregação da concessionária da Vamos é um pedido antigo dos investidores, que remonta à época do IPO, quando desejavam “remover” a ciclicidade das vendas de caminhões do negócio de locação.

Por fim, o BTG destaca que, em termos de fundamentos e valuation relacionado, a Vamos é sua subsidiária preferida.