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FRANKFURT – As empresas europeias de engenharia Siemens e Alstom estão cooperando com as autoridades brasileiras que investigam práticas anticompetitivas em relação a um grande leilão ferroviário, disseram as empresas nesta segunda-feira.
O jornal Folha de S.Paulo informou no domingo, sem citar fontes, que a alemã Siemens havia notificado as autoridades antitruste brasileiras sobre a existência de um cartel, do qual a companhia teria participado, relacionado à licitação para a compra de equipamentos ferroviários e para a construção e manutenção de linhas ferroviárias.
A Siemens disse que estava ciente da investigação e estava cooperando totalmente com as autoridades brasileiras, mas não disse se e como estava envolvida no assunto.
“O código de conduta da Siemens enfatiza a importância da concorrência leal e obriga todos os funcionários a cumprir com os regulamentos antitruste”, disse a companhia em um comunicado enviado por email nesta segunda-feira. “A Siemens coopera plenamente com as autoridades.”
A Folha disse que o cartel incluía a francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui, principais candidatas a ganhar um contrato para um trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo.
O governo brasileiro disse no final do ano passado que o vencedor do contrato teria que investir 7,7 bilhões de reais no projeto, oferecer bilhetes de classe econômica de não mais do que 200 reais e garantir que os trens cubram os 420 quilômetros entre Rio de Janeiro e São Paulo em não mais do que 99 minutos.
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Uma porta-voz da Alstom disse que a empresa havia recebido um pedido do Conselho de Defesa Econômica (Cade) para a entrega de documentos na semana passada.
“Nós fornecemos esses documentos e estamos cooperando com as autoridades”, disse ela.
A CAF não quis comentar. Bombardier e Mitsui não estavam imediatamente disponíveis.
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O leilão para escolher um operador para a nova linha de trem deverá acontecer no próximo mês.