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Para as siderúrgicas, a XP tem expectativas de sólida rentabilidade compensando perdas para Gerdau na América do Norte O Itaú BBA considera que o segmento pode ser destaque negativo no trimestre, em especial Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5).
Para o setor de Mineração e Siderurgia, o cenário desafiador ainda pressionará os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24). Ainda assim, para a XP, os dados de mineradoras de ferro devem vir relativamente melhores. Os resultados devem ser impulsionados por volumes sazonalmente mais altos e preços mais resilientes.
O minério de ferro apresenta preços mais resilientes, de acordo com a análise da corretora. Assim, a expectativa é que sejam menos afetados por mecanismos de precificação na comparação com o observado no primeiro trimestre de 2024.
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Usiminas
A Usiminas apresentou seus dados no dia 26 de julho, antes da abertura do mercado. Para a siderúrgica, a expectativa da XP é por resultados considerados decentes. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) é projetado em R$ 478 milhões, com aumento de 15% na comparação trimestral. A análise destaca que as atenções se voltarão para indicações sobre redução de custos a partir do terceiro trimestre.
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O BBA projeta Ebitda em R$ 410 milhões, com queda de 1% no trimestre. Na visão da equipe de análise do banco, os resultados mais fracos na divisão do aço devem impactar os números. Já na divisão de mineração, a expectativa é de subida sequencial dos dados, em especial considerando os maiores preços realizados no segundo trimestre.
Gerdau
De acordo com analistas tanto da XP quanto do BBA, a expectativa é que a Gerdau apresente resultados mais fracos no 2T24. Para o Research da corretora, a receita da companhia ficará 8% mais alta na comparação trimestral, em R$ 17,5 bilhões. O Ebitda, por sua vez, é projetado em cerca de R$ 2,7 bilhões, com queda de 3% na comparação com o 2T23 (-28% na comparação anual).
“Esperamos: (i) volumes de vendas e preços estáveis no BD Brasil, apesar dos custos ligeiramente mais altos (afetados pelos preços mais altos do carvão); (ii) um trimestre resiliente na divisão da América do Norte em termos de volumes e rentabilidade; e (iii) um trimestre melhor para o BD da Aços Especiais (volumes mais altos e custos mais baixos, implicando em melhores margens)”, considera a XP.
O BBA, por sua vez, estima que a queda do Ebitda será de 7% trimestralmente. A queda se dará especialmente pelas margens mais fracas na América do Norte. As operações na região foram prejudicadas por menores preços e custos mais altos, na análise do BBA. Mesmo no Brasil, os dados deve apresentar retração pelo aumento de custos, em especial na comparação trimestral.
CBA
Para a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA [CBAV3]), o BBA projeta alta de R$ 174 milhões na comparação trimestral, com Ebitda em R$ 320 milhões. O avanço seria justificado pela alta dos preços realizados de alumínio, pelo real mais depreciado, somados aos maiores volumes e menores custos. Na divisão de energia, a expectativa é de Ebitda positivo em R$ 25 milhões.
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A XP considera que os resultados da companhia devem vir melhores no 2T24, com Ebitda em R$ 339 milhões. A alta seria de 132% na comparação trimestral e 358% em relação ao ano passado. No negócio de alumínio, a corretora projeta maiores volumes de vendas, com alta trimestral de 3%. A projeção da XP indica cerca de R$ 39 milhões de Ebitda para a divisão de energia e R$ 10 milhões negativo para a frente de níquel.
CSN
A CSN (CSNA3) deve apresentar resultados sólidos, na análise da XP, com receita de R$ 10,8 bilhões e Ebitda de R$ 2,4 bilhões. “Esperamos: (i) que as operações de mineração da CSN impactem positivamente os resultados da CSN, impulsionadas por volumes sazonalmente maiores; e (ii) desempenho de rentabilidade estável na divisão siderúrgica da CSN em meio a um ambiente de preços ainda desafiador (margem EBITDA de 4,4% no 2T24 vs. 4,3% no 1T24)”, considera o Research da corretora. As demais divisões da CSN devem apresentar resultados mistos, em especial com estabilidade na divisão de cimento e desempenho positivo em Logística.
CSN Mineração
Na projeção da XP, a CSN Mineração (CMIN3) trará resultados sazonalmente superiores. Segundo a corretora, o EBITDA da empresa deve alcançar R$ 1,5 bilhão, com aumento de 35% em relação ao trimestre anterior e de 38% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento é atribuído a um melhor desempenho nos volumes de vendas próprias, que devem subir 16% anualmente, impulsionados por uma sazonalidade mais seca este ano e por uma redução de 50% nas compras de terceiros. O Research da corretora projeta que os preços realizados atinjam US$ 62 por tonelada, um incremento de 1% no trimestre, menos impactados pelos mecanismos de precificação em comparação ao primeiro trimestre de 2024.
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Além disso, há expectativa uma diminuição de 6% no custo do produto vendido (CPV) unitário, devido ao aumento da produção, o que permite a diluição dos custos fixos. Este cenário deve resultar em uma melhoria na margem EBITDA para 44,3%, um acréscimo de 4 pontos percentuais em comparação ao primeiro trimestre de 2024.
A visão do BBA também é otimista e projeta que a CSN Mineração deve registrar um aumento de 34% no EBITDA em relação ao trimestre anterior, impulsionado por maiores volumes e custos levemente menores. A realização de preços deve permanecer estável no trimestre.