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A temporada de resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) começa nesta terça-feira (23), depois do fechamento, para o setor de utilities (concessões de serviços públicos, como energia e saneamento), com os números da Neoenergia (NEOE3) depois do fechamento. A expectativa para as companhias do setor elétrico é de um trimestre neutro para as companhias do setor.
O Santander destaca expectativas de volume sólido para distribuição. O segmento será favorecido pelo clima mais quente no Brasil, que deve manter o consumo de energia em alta, segundo o banco.
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Para geradoras, houve um aumento de 7,5% em relação ao ano anterior, publicado pelo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), somado ao aumento de geração eólica em 18,6% e de geração solar em 84,6%.
O Santander destaca, no entanto, que operadoras de energia renovável devem ser impactadas por restrições de operação.
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Temporada de resultados: em quais ações e setores ficar de olho no 2T24?
Para as transmissoras, não deve acontecer impacto significativo no trimestre. O único ponto de atenção destacado na análise é o ajuste inflacionário positivo na receita anual permitida.
Neoenergia – 23 de julho
O balanço da Neoenergia (NEOE3), que marcará o início da safra, deve vir com dados positivos pelos resultados de distribuição, de acordo com analistas. No entanto, alguns efeitos podem ser compensados por pontos gerados pelos reajustes anuais de concessões.
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De acordo com o BTG, há projeção de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 2,48 bilhões, um aumento de 5% em relação ao ano anterior, comparado aos R$ 2,37 bilhões do 2T23.
Na prévia operacional, a companhia trouxe um crescimento de volume de 8,2% em relação ao ano anterior, ou 7% quando ajustado pelo consumo de geração distribuída. Esse aumento, aliado ao controle das perdas de energia e inadimplência, pode impactar positivamente os resultados de distribuição, segundo o BTG.
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A redução da Parcela B após os reajustes anuais das concessões vinculadas ao IGP-M e pelo aumento dos custos operacionais em algumas concessões, no entanto, podem parcialmente compensar os efeitos positivos.
Na área de geração, a expectativa é de bons resultados das hidrelétricas devido aos baixos custos de compra de energia em um cenário hidrológico favorável. Para a frente de energia eólica, ventos favoráveis em velocidade e o aumento da capacidade instalada na WPP de Oitis resultaram em um crescimento de 13%. Já a geração solar cresceu 4,7%, impulsionada por uma melhor irradiação.
Para o Itaú BBA, a prévia operacional indicou aumento sólido de 8,2% no volume faturado para as distribuidoras. “Em relação às perdas de energia, espera-se que o indicador permaneça em linha com os números apresentados no primeiro trimestre, mas não se descarta uma leve deterioração devido aos volumes não faturados causados pela demanda muito alta”, considera a análise.
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O banco antecipa resultados positivos para o negócio de distribuição. Nas estimativas, no entanto, a projeção é de queda de 23,6% no lucro líquido na comparação anual, para R$ 556 milhões. O Ebitda e a receita, no entanto, devem apresentar alta.