Sete empresas são “enquadradas” para isenção de IR; confira quem elas são

São elas:  BrasilAgro, CR2, General Shopping, HRT Petróleo, Nutriplant, Renar e Senior Solutions  <div><span style="color: #222222;font-family: arial, sans-serif;font-size: 13.3333339691162px"></span></div>

Paula Barra

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SÃO PAULO – De acordo com a instrução da Receita Federal publicada no Diário Oficial hoje, sete empresas foram enquadradas nos critérios para terem ações negociadas com isenção de IR (Imposto de Renda). São elas:  BrasilAgro (AGRO3), CR2 (CRDE3), General Shopping (GSHP3), HRT Petróleo (HRTP3), Nutriplant (NUTR3), Renar (RNAR3) e Senior Solutions (SNSL3). 

A isenção de IR para negociação de ativos vale de 10 de julho de 2014 até 31 de dezembro de 2023, conforme determinado na Medida Provisória na MP 651, de 9 de julho. 

Assim, o investidor pessoa física que comprar ações dessas empresas não pagará IR sobre ganho de capital caso venda esses papéis com lucro no futuro.

InfoMoney traz para você uma breve explicação destas 7 empresas que fazem parte da lista de beneficiadas da CVM. Confira:

1. Senior Solution
O primeiro nome entre as beneficiadas já era sabido pelo mercado antes mesmo da lista divulgada pela CVM. Desde o anúncio do pacotão das 5 medidas de incentivo ao mercado de capitais, feito pelo ministro da Fazenda Guido Mantega na sede da BM&FBovespa no mês passado, já era sabido que a Senior Solution (SNSL3) faria parte deste seleto grupo, porém nem todos sabiam exatamente como funcionava a companhia.

Há mais de 17 anos no mercado de tecnologia da informação no Brasil, a Senior é uma das empresas com maior penetração no mercado nacional com mais de 180 clientes utilizando seus softwares, aplicativos e outros serviços como de outsourcing e consultoria. A companhia, presidida por Bernardo Gomes – hoje o representante do grupo das “small caps” beneficiadas pelo atual programa -, está presente nos 10 maiores bancos privados do Brasil e em 5 das 10 maiores seguradoras do País.

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2. General Shopping
A General Shopping (GSHP3) está entre as líderes do ranking nacional de shopping centers, com 269,3 mil m² de ABL (Área Bruta Locável) própria. Possui 18 shopping centers em operação, nos quais detém uma participação proporcional média de 75,3%. Juntos, esses empreendimentos apresentam 357,9 mil m² de ABL. Além disso, ela comercializa e administra os empreendimentos, e presta serviços de administração de estacionamentos e de gerenciamento do suprimento de energia elétrica e água dos shopping centers.

Mesmo pouco citada no mercado financeiro, a General Shopping já tem ganhado atenção de alguns analistas de mercado. É o caso da Ágora Corretora, que em maio divulgou um relatório elogiando o balanço do 1º trimestre da empresa e atribuindo às suas ações um preço-alvo de R$ 23, que na época trazia um potencial de valorização de 228,6%.

3. BrasilAgro
A BrasilAgro (AGRO3) é uma das maiores empresas brasileiras em quantidade de terras agricultáveis e com foco na aquisição, desenvolvimento, exploração e comercialização de propriedades rurais com aptidão agropecuária. A companhia adquire propriedades rurais buscando implementar culturas de maior valor agregado, transformando essas propriedades com investimentos em infraestrutura e tecnologia, além de realizar contratos de arrendamento com terceiros.

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“De acordo com nossa estratégia, quando julgarmos que as propriedades rurais atingiram um valor ótimo, venderemos tais propriedades rurais para realizarmos ganhos de capital”, afirma a companhia em seu site.

4. HRT
A HRT Participações em Petróleo (HRTP3) chegou à Bovespa no final de 2010 como uma das mais promissoras small caps e uma das grandes apostas dos investidores estrangeiros – de todo o valor captado no IPO (Initial Public Offering), 90% dos recursos vieram do exterior. A companhia pré-operacional era vista com grandes expectativas pelos investidores, com expectativa de exploração de reservas na Amazônia e na Namíbia. 

Nos primeiros meses, as impressões eram de muito otimismo. Nos primeiros dias, muitas casas de análise iniciaram a cobertura de ações com uma análise positiva. Porém, três anos e meio depois, a situação ficou um pouco diversa, já que a companhia não conseguiu entregar resultados nos poços que explorou, além de sofrer com algumas disputas entre os maiores acionistas da companhia e os minoritários. Entre os últimos acontecimentos para a companhia, está a aprovação do grupamento de ações na razão de 10 para 1 e a assinatura de um acordo para comprar fatia no Campo de Polvo

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5. CR2
A CR2 (CRDE3) é uma incorporadora que nasceu da cisão dos ativos imobiliários do banco do mesmo nome, criado por executivos que fizeram carreira no BBM. A empresa está envolvida na aquisição, desenvolvimento e investimentos de imóveis. 
A companhia também tem fatia no capital de outras companhias, projetos e consórcios. 

No final de 2010, a empresa investiu em companhias como Cimol Empreendimentos Imobiliários, CR2 Américas Empreendimentos SA, CR2 Cabucu Empreendimentos Ltda, CR2 Empreendimentos SPE- 9 Ltda, CR2 Empreendimentos Valqueire Ltda, entre outras. 

6. Nutriplant
A fabricante de fertilizantes Nutriplant (NUTR3) foi a primeira empresa a entrar no Bovespa Mais, em 2008. A companhia foi construída em 1979 pela Frit Industries e Ferro Corporation com o propósito de produzir e comercializar fertilizantes agrícolas específicos, atualmente, denominados micronutrientes. A empresa detém atualmente 6% do mercado nacional.

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Em 2012, a companhia conclui uma ampla reestruturação, com a venda de sua unidade de produtos de solo para a Mixfértil, por R$ 24,5 milhões. O processo consolidou a união da Nutriplant com a Quirios, ambas companhias controladas pela família Pansa. A decisão permitiu que a companhia deixasse de ser apenas uma companhia de micronutrientes, com receita líquida de R$ 29,5 milhões em 2011, passando a ser uma empresa verticalizada com receita na casa dos R$ 85 milhões.

7. Renar Maçãs
Com produção anual de 40 mil toneladas por ano de maçãs, a Renar (RNAR3) não enfrenta um bom momento na Bolsa – desde de 2008 quando atingiu sua máxima histórica (R$ 2,81) até o último fechamento na Bolsa (R$ 0,19), as ações já caíram 93,12% -, principalmente pelo endividamento, que já beirou a casa dos R$ 100 milhões, apresentado nos últimos anos. Porém, os resultados nestes últimos trimestres sinalizam uma recuperação da companhia, que apresentou um endividamento menor e foram impulsionados pelo aumento no preço médio da maça – somente neste 1º semestre de 2014 o preço da fruta cresceu 164%, indo de R$ 0,64 para R$ 1,90.

Em entrevista ao InfoMoney realizada em maio, o diretor de RI da empresa, Henrique Rollof, disse que essa tendência de alta nos preços da fruta chegue a R$ 3,05. Com isso, a Renar espera uma recuperação nos papéis da empresa na Bolsa e estima finalizar o ano com uma dívida líquida entre R$ 38 milhões e R$ 42 milhões, uma redução de 27% a 34% na comparação com o ano anterior.