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A Ser Educacional (SEER3) fechou a sessão desta terça-feira (27) com ganhos de 8,13%, a R$ 6,52. Já a Cogna (COGN3) teve perdas 1,38%, encerrando o dia a R$ 1,43.
O que está mexendo com as educacionais no pregão?
Nas últimas semanas, muito se falou sobre novas aprovações médicas que garantiram mais vagas para as principais companhias do setor. O JPMorgan analisou o cenário em relatório de revisão de sua cobertura do setor educacional.
O banco estrangeiro pondera que a Ser poderá ser a principal vencedora da corrida para obtenção de novas vagas médicas. A SEER3 ficaria com mais 240 vagas, enquanto a Yduqs (YDUQ3) teria cerca de 180, Anima (ANIM3) 120 e a Cogna com o acréscimo de 60 vagas.
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Dentre as principais mudanças na análise dos nomes, a Ser segue considerada overweight (exposição acima da média, similar à compra) e hoje é principal escolha (“top pick”) para o banco estrangeiro. A companhia garantiu já 240 vagas (ainda que dessas 60 estejam em discussão judicial) e a análise do banco considera possível que mais 420 sejam conquistadas.
Com isso, o preço-alvo para a companhia foi majorado para R$ 12 em dezembro de 2025, dos R$ 9 previstos para fim de 2024. Considerando ainda as 420 potenciais vagas, o relatório chega a falar em 230% de perspectiva de valorização, em R$ 20,50 como preço-alvo (nesse cenário ainda hipotético).
Se as notícias são ótimas para a Ser, o relatório já foi mais amargo com a Cogna. Ainda que o grupo siga recomendado como overweight (OW) e seja a terceira escolha preferida do banco (atrás também da Anima [ANIM3]), a subsidiária Vasta foi duplamente rebaixada para underweight (exposição abaixo da média, similar à venda) da anterior classificação de OW.
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A alteração foi motivada tanto por questões operacionais da empresa, como a redução de expectativas de margem, mais em linha com estabilidade que com expansão. A velocidade mais lenta que o esperado para o crescimento motivou a mudança de visão do JPMorgan. Além disso, a divisão de ensino superior parece mais interessante para os analistas, que entendem as companhias do segmento como “mais depreciadas”.
O JPMorgan destaca que não tem preço-alvo estabelecido para Cogna. Ainda assim, as estimativas apontam para um não-cumprimento do guidance da companhia, que está em R$ 2,1 a R$ 2,4 bilhões de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) para 2024.
“Não vemos isso como um problema para nossa recomendação overweight, pois acreditamos que a maioria dos investidores também não espera que a orientação seja alcançada. Também incorporamos uma deterioração na rentabilidade do segmento de Medicina a longo prazo, reduzindo o crescimento do ticket médico e as margens brutas em 1pp ao ano durante cinco anos, a partir de 2026″, afirmam os analistas.
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A Yduqs (YDUQ3), apesar de continuar classificada como OW, teve seus números ligeiramente atenuados. A visão do banco estrangeiro é que a companhia faz jus a um preço-alvo menor para fim de 2025, em R$ 18 (dos R$ 24 esperados para fim de 2024). As projeções de receita sobre Ebitda também foram rebaixadas 5% pelas expectativas mais baixas de crescimento.
A Anima, por sua vez, teve preço-alvo estabelecido em R$ 7 para fim de 2025, ante os R$ 8 estimados para fim de 2024. A análise faz a ressalva que, sem o olhar para a rentabilidade, o preço teria sido estabelecido em R$ 8,50. No entanto, a menor rentabilidade em cursos de medicina do grupo fez com que o JPMorgan estimasse em R$ 1,50 a menos.