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A empresa de logística e transporte Sequoia (SEQL3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 7,8 milhões no segundo trimestre de 2022. A cifra representa uma queda de 55,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.
“A queda do Lucro Líquido está relacionada com o aumento da taxa de juros e o impacto que gera no nosso resultado financeiro, por conta do endividamento. A Selic passou de 4,25% para 13,25%, comparando os encerramentos do 2T21 e 2T22, respectivamente”, explicou Rodrigo Manso, diretor de Relações com Investidores da Sequoia.
Mas os números operacionais da companhia apresentaram crescimento. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 58,3% entre abril e junho, na comparação anual, para R$ 75,8 milhões. Na mesma base de comparação, a receita líquida cresceu 34,6%, para R$ 496,4 milhões.
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Pedidos B2C dispararam
O volume de pedidos B2C (venda direta ao consumidor final) deu um novo salto pelo segundo trimestre seguido, atingindo 19,3 milhões no período. Um crescimento de 101,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita do segmento aumentou em 55,5%, na mesma base de comparação, para R$ 399,7 milhões.
Fernando Stucchi, diretor financeiro da Sequoia, explica que a alta no segmento B2C foi impulsionada pela plataforma SFx, de coleta e entrega em múltiplas origens. “Tem entrada de novos clientes, que faz com que esse número cresça, e a gente ganha participação de mercado com clientes atuais da companhia também”, afirma.
O CFO diz que a empresa vem crescendo entre clientes asiáticos. “Esses players tem um volume muito forte nos Correios, e quando migram para o privado, somos sempre beneficiados com isso”, diz Stucchi. Segundo ele, o maior volume, por sua vez, ajuda a empresa a ser mais competitiva em relação a custos.
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Repasse de custos
Stucchi também explica que a empresa conseguiu repassar o aumento do preço do diesel, no começo do segundo trimestre, para os clientes. A Sequoia opera em modelo de asset light (poucos ativos) e conseguiu manter margens estáveis, por não sentir de imediato a alta de preço dos insumos.
No segundo trimestre, a margem Ebtida teve leve queda de 0,1 ponto percentual para 12,4% no segundo trimestre, na comparação anual. O índice de alavancagem caiu para 1,4x.
“Estamos bem confortáveis com esse índice de alavancagem. Tivemos conversão de Ebitda/caixa no trimestre de 50%, o que deixa a companhia confortável para os próximos meses, em um ambiente de juros ainda alto”, diz Stucchi.
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Potencial do B2B
O volume de pedidos B2B (entrega para empresas) também cresceu entre abril e junho deste ano, para 1,6 milhões (alta de 8,5%). Em termos de receita, o segmento movimentou R$ 149,6 milhões, 11,4% a mais que o mesmo período em 2021.
“O B2B é um mercado ainda maior que o B2C e a gente ainda tem uma participação muito pequena nele. Naturalmente, é um mercado que tem sofrido mais no ‘pós-pandemia’, com o varejo físico e produtos de alto valor agregado sofrendo com juros altos. Mas continuamos focado nesse segmento, tanto no orgânico quanto inorganicamente”, diz Stucchi.
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