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Sempre estou posicionado na hora dos dados de emprego e inflação nos EUA, diz trader

Diogo Manoel crê que isso traz consciência do que deu certo na sua operação

Augusto Diniz

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Diogo Manoel conta que trabalhava com tecnologia antes de ingressar no mercado. Ele atuava no help desk de uma empresa e fazia o atendimento bilíngue. Em 2004, foi trabalhar com TI na Fator Corretora, do Banco Fator, e acabou se interessando pela parte de negociação.

“Tive a oportunidade de entender o mercado”, disse ao participar do programa Arte do Trade.

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Trader: transição para o eletrônico

“Pegava os caras que vinham do pregão e os ajudava a entender como eles iriam negociar na frente de um computador”, conta ele, que pegou a fase de transição da bolsa em viva voz para o pregão eletrônico.

“Comecei a anotar as operações”, recorda. “Percebi que os caras precisavam de organização. Meu tempo de certa forma era livre porque minhas demandas eram pontuais”, acrescenta.

“Nesse tempo, me dediquei a desenvolver soluções e formas de analisar o que os caras estavam realizando. Fui fazendo registros dessas negociações, entendendo que existiam distorções no mercado. Comecei a estudar sobre o assunto”, relata.

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Oportunidade de ver o mercado

Com passagem ainda pela Gradual Investimentos e no JPMorgan da Austrália, em 2014 Diogo Manoel passou a operar no mercado. “Cheguei em um nível técnico porque tive oportunidade de ver inúmeros brokers e traders operando simultaneamente”, diz.

“Comecei a entender como funcionava a relação das negociações. Isso foi um privilégio. O que eu vivi, eu me formei. Não tive um mentor”, complementa.

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Manoel destaca que as plataformas para operação começaram a ficar mais acessíveis no início dos anos 2010, tanto em custo como corretagem, levando o pessoal que já era analista de mercado de ações para o day trade.

Movimentos mais rápidos

“Os movimentos do intraday (day trade), tecnicamente, não são mais erráticos, eles são movimentos mais rápidos que acontecem numa janela de tempo”, ressalta.

“O trader precisa saber o que ele quer antes de montar um operacional. Escolha o quer fazer no dia e colocar o operacional dentro das métricas necessárias para se fazer o que se deseja, porque o mercado vai sempre fazer o que se quer, só que na hora dele”, argumenta.

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O operador atua com três fundamentos: fluxo, volume e preço certo. “Preciso de fluxo, ver compradores e vendedores (durante a operação). Segundo, preciso do volume, que é a soma do saldo entre compradores e vendedores, dando-me o volume real das negociações. O último que me importa é o preço. Esses são os pilares de meu operacional”, afirma.

Sempre posicionado nos dados de emprego e inflação dos EUA

Segundo ele, os traders que operam com ele, às vezes, se assustam. “Tipo CPI (inflação americana), Payroll (emprego nos EUA)… Esse é um detalhe que eu faço (operar). Todo mundo corre do dado, eu não. Sempre estou posicionado. Você nunca vai me ver, não me posicionar em um dia de dado (econômico)”, diz.

Além disso, ele considera que o trader sempre sabe quando não vai bem na operação. “Quando se começa a ganhar dinheiro no mercado, o mais difícil é lembrar quando isso teve início, que fazia o operador se sustentar”, diz.

“Esse comportamento de quando começou sua curva de crescimento no mercado é exatamente o que trader tem que lembrar quando ele acorda, principalmente quem é day trade. Tem que ter essa consciência. Levante todo dia com esse sentimento”, ensina. Para Diogo Manoel, isso faz com que se tenha foco naquilo que deu certo e o fez chegar até aqui.

O trader também disse no programa Arte do Trade a importância de olhar o mercado global, entender seus movimentos, por conta do mundo globalizado.

Ele também costuma fazer leitura do ambiente político para suas operações. “A política está dentro do mercado, é uma coisa só. Tudo que acontece no mercado é a política econômica quem manda”, afirma.

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