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Na véspera, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) anunciou a redução da taxa de juros dos empréstimos consignados para beneficiários do INSS de 1,97% para 1,91% ao mês, enquanto o empréstimo com cartão caiu para 2,83% ao mês (de 2,89% um mês antes).
Esta é a terceira mudança nos limites de taxas do produto no acumulado do ano; e a redução anterior, em março, foi de 2,14% para 1,70% e depois para 1,97%, indo para este último patamar após muita turbulência e reações dos bancos.
Já desta vez, aponta o Bradesco BBI, não se esperam impactos relevantes sobre os bancos, uma vez que a maioria já adotou taxas de juros mais baixas para o crédito consignado do INSS.
Segundo dados do Banco Central, apenas 16,7% dos bancos estão atualmente cobrando taxas de juros acima do novo teto de 1,91%, enquanto 83,3% dos bancos estão cobrando taxas iguais ou abaixo.
O BBI destaca que a maior taxa de juros do crédito consignado do INSS é de 1,97%, enquanto a média é de 1,80%, e a menor é de 1,45%.
Para analistas, apenas Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) seriam levemente impactados por serem os únicos bancos sob a cobertura do BBI que cobram taxas de juros acima dos novos limites, em 1,96% e 1,93%, respectivamente.
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Enquanto isso, Santander Brasil (SANB11), Banrisul (BRSR6) e Banco Pan (BPAN4) já adotaram taxas de juros abaixo do novo teto, segundo dados do Banco Central. Com isso, o BBI estima que o Itaú seja o mais impactado (0,5% da estimativa da casa de lucro líquido recorrente), enquanto o Banco do Brasil deve ter uma situação praticamente neutra (0,1%).
Por outro lado, o Banrisul parece ter espaço para aumentar suas taxas de juros a partir de 1,78%, o que impactaria positivamente seu lucro em 9,3%, seguido pelo Banco Pan com taxas em 1,86% e pode melhorar seu lucro em 2,6%, enquanto o Santander Brasil pode aumentar as taxas de 1,80%, igual a um impacto positivo de 1,2%.