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O resultado da Tecnisa (TCSA3) foi mais um do setor de construção civil que não foi bem recebido pelos investidores, com a ação fechando em queda de 7,28%, a R$ 3,31.
O Itaú BBA destaca que a companhia reportou um conjunto fraco de números para o período. Os lançamentos anunciados no trimestre começaram bem em termos de vendas, mas a geração de caixa voltou a cair em território negativo.
Os analistas destacam outras despesas maiores do que o previsto, em contingências mais altas, cancelamentos de contratos de terrenos e cancelamento do lançamento da MontKlabin, fazendo com que o resultado final ficasse aquém das estimativas do banco.
Em teleconferência para a apresentação dos seus números do trimestre, a Tecnisa (TCSA3) foi bastante questionada sobre os planos para 2022, levando em conta o ano de juros altos e inflação em insumos de construção.
Fernando Perez, presidente da empresa de atuação no mercado imobiliário, disse que não apresentaria guidance para esse ano, mas informou que a companhia segue estruturada para lançar R$ 1 bilhão em VGV (VGV) ao ano.
No acumulado de 2021, os lançamentos somaram um VGV de R$ 843 milhões, maior volume desde 2013, de acordo com o último balanço da Tecnisa.
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“Não está fácil vender. Nós estamos praticando (desconto nas vendas de) estoques, diminuindo a margem, mas é muito melhor estar vendendo. Estamos sacrificando um pouco da margem, mas tendo uma margem positiva”, disse o executivo.
Alienação de terrenos não estratégicos seguem em 2022
Fernando Perez disse ainda a analistas de mercado que o ano de 2022 será “desafiador”. O executivo ressaltou que juros, inflação, pandemia e muita oferta no mercado foram empecilhos de 2021.
“2022 será um ano desafiador e não há nada que indique facilidade – podemos indicar (como dificuldades) o conflito na Ucrânia, inflação, juros em alta e eleições. Mesmo assim, esperamos em 2022 sair desse ciclo que tivemos (ano passado)”, afirmou Fernando Perez.
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A Tecnisa anunciou como estratégia em 2022 reforço de campanha de marketing, reestruturação de área de vendas e marketing, racionalização das atividades e otimização de processos e continuidade da alienação de terrenos não estratégicos, notadamente fora de São Paulo.
A carteira de terrenos da companhia registrou no 4T21 um VGV potencial de R$ 5 bilhões, sendo que R$ 2,9 bilhões referiam-se a terrenos do projeto Jardim das Perdizes, em São Paulo. No total, 95% dos terrenos da Tecnisa estão em São Paulo – o restante no Ceará (2%) e Paraná (3%).
Foco no coworking
Durante a pandemia, a Tecnisa chegou a apostar em projetos que favoreciam o home office. Porém, Fernando Perez comentou que identifica que o home office “começou a cansar” e que passou “a não ser o melhor para o desenvolvimento profissional”.
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Por conta disso, a estratégia da empresa em espaços alugados que conjugasse casa-escritório tem sido agora substituída no desenvolvimento de espaços de coworking, modelo de trabalho de compartilhamento de ambiente.
Em julho do ano passado, a empresa anunciou a compra de 25% da BoxOffice Soluções em Mobilidade, empresa de aluguel de espaços privativos para trabalho.
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