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SÃO PAULO – O segmento de orgânicos, produtos provenientes de matérias-primas agrícolas cultivadas sem o uso de agroquímicos, estima crescer entre 30% a 35% em 2016, considerando o consumo doméstico e o comércio exterior. É o que projeta Ming Liu, coordenador executivo do Projeto Organics Brasil, iniciativa público-privada entre o IPD (Instituto de Promoção do Desenvolvimento) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que reúne 77 empresas do setor, sendo 58% de micro e pequenas corporações.
“O Brasil hoje tem um mercado de aproximadamente R$ 2,5 bilhões, incluindo as exportações, e nossa expectativa de crescimento para este ano tem como locomotivas a expansão para os produtos lácteos e de origem animal, com maior valor agregado”, afirma Liu.
O executivo avalia que o avanço do segmento se deve a uma maior busca do consumidor por uma alimentação mais saudável, e “os orgânicos passam esta imagem”.
Exportações
No que diz respeito às exportações, o setor encerrou 2015 com um faturamento de US$ 160 milhões e a meta para esse ano é crescer entre 10% a 15%.
“Tivemos um aumento de 15% em relação ao ano anterior e este crescimento reflete a tendência mundial do segmento. Parte desta recuperação é fruto da desvalorização da moeda nacional, que tornou os produtos nacionais mais competitivos. 2015 foi um ano bastante positivo para os orgânicos: o mercado global atingiu a marca de US$ 72 bilhões de dólares, com taxas de crescimento na ordem de 11,5% em comparação com 2014”, assinala Liu, que acrescenta: “a grande surpresa do ano passado foi o surgimento da China como o 4º maior mercado mundial de orgânicos, atrás apenas dos Estados Unidos, Alemanha e França”.
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Destinos e produtos
Em relação aos principais destinos dos embarques brasileiros de produtos orgânicos, os dez primeiros com maior volume de produtos foram, por ordem: EUA, Alemanha, Holanda, Canadá, França, Reino Unido, Argentina, Austrália, Suécia e Bélgica. “Outros países que merecem destaque são: Japão, Suíça e Coréia do Sul”, menciona Liu.
Já os produtos mais exportados foram: açúcar, óleo de dendê e outros óleos vegetais, castanha de caju, sucos de frutas (açaí), mel, erva-mate, frutas tropicais congeladas, café, preparações capilares, própolis e cachaça.