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O Ministério da Educação (MEC) concedeu na última sexta-feira (5) à Ser (SEER3) a autorização de 60 novas vagas de medicina por meio de liminares, o que é positivo para a companhia, na avaliação do Morgan Stanley. Outras 375 vagas foram autorizadas para sete diferentes players.
Além disso, o MEC rejeitou dois pedidos — um deles de um participante que havia começado a matricular alunos por ordem judicial, sem credenciamento do regulador. Esta é a primeira vez que o MEC autoriza vagas após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do mês passado que forçou a análise de solicitações feitas fora da política Mais Médicos (MM). Antes do julgamento do STF que começou em agosto de 2023, o MEC já havia autorizado cerca de 30 cursos por meio de liminares totalizando mais de 3 mil vagas e só retomou as autorizações na sexta.
O banco comenta que adição de vagas cria potenciais vantagens para a ação em relação ao seu cenário base.
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Por outro lado, analistas destacam que a Ser iniciou as operações de duas escolas de medicina por meio de ações judiciais sem credenciamento, o que pode ser um risco para sua reputação junto ao regulador e estudantes e para seu balanço, dado que o MEC acabou de rejeitar um caso semelhante.
Para o setor, o Morgan Stanley estima que uma potencial adição de capacidade poderia ser de até 10 mil vagas além do Mais Médicos 3 (MM3). De fato, no primeiro dia de autorizações após o julgamento do STF, 435 vagas foram aprovadas (1% da capacidade do setor), enquanto apenas 120 foram rejeitadas.
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Nesse sentido, o banco avalia que a adição de capacidade está acontecendo em um ritmo mais rápido, potencialmente pressionando o poder de precificação e a ocupação no longo prazo e levando a um menor valor por vaga.
Leia mais: Novas vagas de medicina são positivas e representam 13% do valor de mercado da Ser
O Morgan Stanley ainda acredita ter subestimado a probabilidade de novas vagas, uma vez que projetou uma capacidade de cerca de 70 vagas em Teresina, onde 150 vagas foram autorizadas.
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Por outro lado, todas as vagas autorizadas até agora estavam em cidades pré-selecionadas do MM3, sugerindo que o MEC está priorizando sua política e pode tentar restringir outros locais. Cerca de 210 das 280 solicitações restantes estão localizadas em cidades não pertencentes ao MM3, e o banco projeta que cerca de 90 delas estejam em regiões qualificadas.
“Apesar da pressão setorial, há beneficiários e aqueles que sofrem com desafios. Recentemente, atualizamos a visão para Ser (de recomendação equivalente à venda para neutra) também devido à assimetria positiva proveniente de potenciais novos assentos – e vemos uma relação risco-recompensa positiva para Cruzeiro do Sul (CSED3) e Ânima (ANIM3). Embora defendamos que o valor por assento deva diminuir, vemos espaço para novas reações positivas para Ser. Por outro lado, notamos que a Ser iniciou a operação de duas escolas de medicina por meio de ações judiciais sem credenciamento, o que pode ser um risco para sua boa vontade para com o regulador/alunos e para seu balanço, uma vez que o MEC acaba de rejeitar um caso semelhante”, reiterou o banco.