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A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (a SEC) apresentou uma objeção à proposta de compra de US$ 1,02 bilhão feita pelo braço da Binance nos EUA, a Binance.US, pelos ativos da plataforma de crédito cripto Voyager, que abriu falência no começo.
Em um documento, a SEC questionou as informações prestadas pela corretora em seu informe financeiro, especificamente os detalhes sobre a capacidade da exchange de “consumar uma transação dessa magnitude”.
Além disso, o regulador diz ter dúvidas sobre a forma como a Binance.US pretende proteger os ativos dos clientes e como a empresa cripto reequilibraria seu portfólio de criptomoedas.
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A SEC disse que comunicou suas preocupações ao advogado da Binance.US e foi informada de que um novo informe revisado será enviado antes da próxima audiência sobre o caso ainda nesta quinta-feira (5), quando a Voyager tentará obter a aprovação do tribunal de falências dos EUA para a venda de seus ativos.
Paralelamente, o regulador de valores mobiliários do Texas e o departamento que supervisiona o sistema bancário no estado norte-americano apresentaram uma objeção à operação.
Eles alegam que a Voyager e a Binance.US “não estão em conformidade com a lei do Texas e não estão autorizadas a conduzir negócios” no estado. Disseram ainda se opõem ao “tratamento desigual fornecido aos credores em certos estados”.
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A oferta de US$ 1,02 bilhão inclui um spread de US$ 20 milhões sobre o valor de mercado do portfólio de criptoativos da Voyager, que podem se desvalorizar diante de um novo sell-off no setor, ainda fragilizado pelas seguidas crises de 2022.
A Voyager, que entrou em falência no início deste ano, havia inicialmente concordado em vender seus ativos para a agora extinta exchange de criptomoedas FTX. A Alameda Research, empresa-irmã da FTX, se opõe à aquisição das criptos da Voyager pela Binance.