ETF de Bitcoin deve ser aprovado pela SEC ainda essa semana, diz Bloomberg

Segundo pessoas familiarizadas com o assunto, os produtos da ProShares e da Invesco Ltd. são os primeiros da fila

Paulo Barros

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SÃO PAULO – A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) deverá aprovar o primeiro ETF de Bitcoin (BTC) nessa semana, segundo fontes consultadas pela Bloomberg.

Pessoas familiarizadas com as propostas submetidas à apreciação da agência reguladora americana dizem que os ETFs da ProShares e da Invesco Ltd. são considerados seguros o suficiente e devem ganhar aval em breve.

Na manhã de hoje, James Seyffart, o analista de ETF e criptoativos da Bloomberg Intelligence, disse que o time de dados da companhia já estava preparando a adição do código de negociação BITO referente ao ETF da ProShares. “Isso vai ao ar segunda ou terça-feira”, afirmou, explicando que o famoso Terminal Bloomberg ganhará uma nova categoria “criptomoedas“.

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O mesmo pode valer para o ETF da Valkyrie Investments, que também está na fila para aprovação e ganhou código de negociação oficial nesta semana, aumentando a expectativa pela liberação de um produto considerado chave para trazer uma nova leva de investidores ao ativo.

Leia também: ETF de criptomoeda: guia para entender o que é e como investir

“ETF é um produto muito melhor para exposição regulada em cripto do que os que estão atualmente no mercado. Por exemplo, o GBTC, da Grayscale, tem um prazo de seis meses para o investidor poder vender sua posição. Por conta disso, gera um deságio entre o preço do ativo e a cota do fundo”, explica Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset Management, que lançou o primeiro ETF de Bitcoin da bolsa brasileira em junho.

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A expectativa pelo primeiro fundo de índice de BTC na bolsa dos EUA alimenta um rali que já valoriza a criptomoeda em 35% em duas semanas e impulsiona o preço rumo à superação da máxima histórica. Às 9h18, o ativo é cotado a US$ 59.465, 8,2% abaixo do recorde de cerca de US$ 64.800 registrado em abril deste ano.

Os ETFs de Bitcoin ganharam força após gestoras abandonarem o desenho de fundo atrelado a Bitcoin “físico” e apostarem em um produto derivativo que acompanha um índice já conhecido do mercado. As propostas também seguem as mesmas regras de fundos mútuos publicamente elogiadas pelo presidente da SEC, Gary Gensler, por oferecerem maior garantia de proteção ao investidor.

Caso se confirme, a aprovação do ETF de Bitcoin nos EUA virá oito anos após a primeira tentativa, realizada em 2013 pelos gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, os bilionários que ficaram conhecidos pelo investimento inicial no Facebook e pela batalha judicial travada com o fundador Mark Zuckerberg.

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Desde então, todas as propostas foram rejeitadas pela SEC, que alertou repetidamente sobre os perigos de investir em criptomoedas por conta da alta volatilidade dos ativos que compõem este mercado.

A suposta tendência a aprovar o ETF desta vez vem em momento em que tanto a SEC quanto parlamentares dos EUA intensificam as discussões sobre uma regulação mais ampla das criptomoedas. Em entrevista no mês passado, Gensler afirmou que uma legislação para o setor deve passar, entre outros pontos, pela identificação e categorização de criptoativos que desempenham papel de valores mobiliários ou commodities.

A busca pela regulação do setor também ganha força em outros países. No Reino Unido, bancos fazem coro pelo controle deste mercado por conta da alta volatilidade, enquanto no Brasil um Projeto de Lei que prevê o registro de corretoras de criptos foi recentemente aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados e pode ir ao plenário.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos