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A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (a SEC) está investigando se os investidores da exchange cripto FTX, que abriu falência em novembro, seguiram corretamente os procedimentos de due diligence, informou a Reuters na quinta-feira (5), citando duas fontes familiarizadas com o assunto.
Em dezembro, a SEC acusou o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, de conspirar com objetivo de fraudar investidores que desembolsaram mais de US$ 1,8 bilhão para capitalizar a empresa. Agora, a agência também apura se essas empresas fizeram o dever de casa para garantir que o investimento fosse sólido.
A Reuters não cita quais empresas estão sob investigação, mas ressalta que a SEC não necessariamente já enxerga irregularidades, mas que se concentrará em saber se as empresas cumpriram seu dever fiduciário para com seus próprios investidores.
A corretora foi investida por fundos de venture capital conhecidos como Sequoia Capital, SoftBank e Tiger Global, assim como por investidores individuais como Gisele Bündchen e seu ex-marido Tom Brady, além do empresário canadense Kevin O’Leary, que ficou famoso por estrelar o reality show norte-americano de investimentos Shark Tank.
O colapso da FTX levou a uma série de ações na justiça. Além de ser alvo da SEC, Bankman-Fried foi acusado pela agência reguladora de derivativos e pelo Departamento de Justiça dos EUA. Ele se declarou inocente dos crimes de lavagem de dinheiro e fraude em meio eletrônico em audiência realizada em um tribunal de Nova York na terça-feira (3).
A batalha para encerrar a empresa também levou a uma batalha judicial sobre quem realmente possui o direito sobre diversos ativos, incluindo propriedades de luxo nas Bahamas e US$ 450 milhões em ações da Robinhood.
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O novo CEO da FTX, John Ray, disse que a governança e a manutenção de registros na empresa foram as piores que ele já viu em seus 40 anos de carreira.