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Se não trabalhar o gerenciamento, não se fica vivo dentro do mercado, diz trader

Yasmine Teixeira começou no trade em 2019; em 2023 passou a viver dele e aposta na paciência para superar as dificuldades

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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Com volume de trabalho reduzido na sua então atividade, como design de interior, Yasmine Teixeira foi buscar algo que complementasse sua renda. Foi assim que ela acabou encontrando o trade.

No final do ano de 2019, ela começou com opções binárias, mas três meses depois passou atuar pela regulada B3. “Imediatamente me apaixonei”, conta Yasmine, que participou do programa 52 do GainDelas, no canal GainCast.

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Trader: fundamental saber como funciona o mercado

“Desde então opero tanto índice quanto dólar. Opero todos os dias com a leitura de contexto. Todos os dias falo que o mercado é contexto”, diz. Mas para chegar até aqui o caminho exigiu resiliência.

“No início, todos os cursos e mentorias que cheguei a fazer foram online porque não havia nada presencial na minha região”, diz ela, que é do Piauí.

“Também fui pesquisar, saber como funcionava o mercado. E ouvia muito as pessoas falando que opções binárias não eram regulamentadas, e a B3 é que era regulamentada. Sai disso então e fui para B3” recorda.

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Formada em design de interiores, por 12 anos exerceu a profissão. “Fui muito feliz”, afirma. Quando foi fazer a transição de carreira pela primeira vez para day trader, não deu certo.

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Transição frustrada

“Fiz uma tentativa (de viver de trade) em 2022. Coloquei todas as minhas expectativas, ou seja, vou pagar todas as minhas contas”, relata.

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“Mas foi frustrante porque não consegui equilibrar isso. Por mais que tivesse meses consistentes, tinha meses que acabava devolvendo (os ganhos). Tentei colocar tudo que ganhava como designer para o mercado (financeiro) fazer. Foi uma fase muito difícil”, disse.

Segundo a trader, se coloca “muito peso para dar certo” nessa hora. “E acaba não se olhando mais para tua técnica e a metodologia que utiliza, mas para o dinheiro. A maioria das pessoas olha para o dinheiro”, afirma.

“Claro, a gente entra por isso também, para uma estabilidade, mudar de vida. Falar ao contrário disso não é verdade. A gente busca dentro do mercado financeiro mudança de vida. Mas para você ter esse resultado, precisa entender o processo que você está”, complementa.

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Finalmente deu certo

Sem sucesso na tentativa de viver do trade, voltou a trabalhar como designer, mas continuou estudando sobre atuação no mercado financeiro. “Aí, fui devagarinho para fazer minha transição de carreira. Em junho (do ano passado) consegui fazer (a transição) e, em novembro, fui para o educacional, quando abri a minha primeira mentoria”, conta.

“Não existe certeza no mercado financeiro. Ele é de probabilidades e expectativas. A gente entendendo isso, assume o risco que tem na operação. O principal é trabalhar seu gerenciamento (de risco). Se não trabalhar seu gerenciamento, não se fica vivo dentro do mercado”, ressalta.

Yasmine Teixeira concluiu que na primeira vez que tentou a transição profissional estava “despreparada” para atuar só no trade.

Emocional e disciplina

“Por mais que conseguia ser consistente ou não no mês, financeiramente não tinha como parar o trabalho e colocar toda essa responsabilidade no mercado. Na segunda oportunidade já foi diferente. Fui para o mercado com menos risco”, destaca.

Ela conta que o seu emocional também não aceitava os riscos 100%. ”Aprendi de tanto perder. Agora tem que parar, entender que não pode ser mais impaciente dentro do mercado, que precisa de paciência”, diz.

Ao mesmo tempo que entrou no mercado financeiro, Yasmine começou a fazer crossfit. Acabou tempos depois ganhando o apelido de Trader RX – a sigla é uma das categorias do crossfit

A operadora costuma fazer muitas analogias do crossfit com o trade. Uma delas é a obediência às regras, ao método e a determinação. “Tive que ter disciplina no crossfit e espelhei para o trade”, costuma comparar.

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