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O Santander Brasil (SANB11) reportou lucro líquido gerencial de R$ 1,689 bilhão no quarto trimestre de 2022 (4T22), cifra 46% menor do que o reportado no terceiro trimestre de 2022 e uma queda de 56% na comparação com o mesmo período de 2021, informou a instituição financeira nesta manhã de quinta-feira (2). O número ficou 41,04% abaixo do consenso Refinitiv, que previa lucro líquido reportado de R$ 2,864 bilhões.
O lucro líquido foi de R$ 12,9 bilhões em 2022 com queda de 21,0% se comparado com o mesmo período do ano anterior. O ano foi marcado pelo aumento das provisões em 72,7%, diante da maior inadimplência de clientes pessoas físicas. Além disso, as margens do Santander foram pressionadas por perdas da tesouraria, diante do impacto negativo da alta dos juros sobre a carteira de títulos do banco.
“Iniciamos um processo de ajuste operacional no quarto trimestre de 2021. Buscamos nos posicionar adequadamente para enfrentar um ambiente macroeconômico que se provava mais desafiador, com potenciais repercussões nas dinâmicas de crédito”, afirma no comunicado o CFO do Santander Brasil, Angel Santodomingo. Ele aponta ainda que o banco começa 2023 com um balanço sólido e uma carteira de crédito de maior qualidade. “Continuaremos a crescer de forma sustentável”, diz.
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O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) foi de 8,35% no 4T22, uma queda de 7,3 pontos percentuais no trimestre. Em 2022, o índice ficou em 16,3%, 4,9 pontos percentuais abaixo em relação a 2021.
As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 7,364 bilhões, 18,6% acima ante o trimestre anterior e 99,4% em relação ao quarto trimestre de 2021. Ao mencionar provisões, o banco não citou diretamente o caso Americanas (AMER3), mas destacou um “evento subsequente” no crédito de atacado que afetou essa linha do resultado, sem mencionar o valor provisionado. Segundo lista de credores, o Santander Brasil tem R$ 3,65 bilhões a receber da varejista.
A carteira de crédito atingiu R$ 489,687 bilhões no dia 31 de dezembro de 2022, representando crescimento de 5,8% se comparado com o mesmo período do ano anterior.
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A carteira de pessoas físicas, por sua vez, cresceu 8% (principalmente por Consignado, Imobiliário e Crédito Pessoal) e Pequenas e Médias Empresas subiu 7,2%. No trimestre, a carteira cresceu 1,1% com destaque para Pessoas Físicas, influenciada principalmente por movimentos sazonais de final de ano – com destaque para as linhas de Cartão de Crédito e crédito consignado por efeito principalmente do aumento da margem de consignado.
A margem financeira bruta alcançou R$ 12, 517 bilhões no quarto trimestre de 2022, com queda de -0,6% em relação ao 3T22 refletindo principalmente o menor resultado com clientes no período que apresentou queda de -2,6%.
No ano, a margem financeira bruta totalizou R$ 51,756 bilhões em 2022 com queda de 6,9% se comparado com o mesmo período do ano anterior.
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A margem de operações com o mercado, por sua vez, totalizou (R$ 1.265) milhões no 4T22, melhora de 18,1%.
O resultado de créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 23,875 bilhões com crescimento de 72,0% em relação ao ano anterior, justificado pelo crescimento da inadimplência principalmente nas operações de crédito a pessoas físicas. No 4T22, o resultado atingiu (R$ 7.309) bilhões com crescimento de 17,7% sobre o 3T22.
As receitas totais de prestação de serviços tiveram queda de 0,2% em 2022, no entanto, apresenta crescimento de 2,2% se
normalizarmos a saída da GetNet no ano passado.
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No quarto trimestre de 2022, a receita atingiu R$ 5,075 bilhões, representando aumento de 7,2%.
Segundo o banco, o resultado foi influenciado por Seguros (efeitos sazonais de renovação apólice de seguro de vida e mudança de registro de competência de corretagem de Seguros), Cartões e Receita de Administração de Fundos, Consórcios e Bens.
As despesas gerais atingiram R$ 6,049 bilhões no 4T22, alta de 6,3% no trimestre.
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Inadimplência
O índice de inadimplência passou de 3% no terceiro para 3,1% no quarto trimestre, com aumento de 1,3% para 1,4% no segmento de pequenas e médias empresas. A inadimplência das pessoas físicas ficou estável a 4,3%.
A inadimplência total registrada em 2022 subiu 0,4 ponto percentual frente o fechamento de 2021, com alta de 0,7 ponto para a pessoa física. As dívidas vencidas por mais de 90 dias das empresas subiram 0,1 ponto percentual frente o final do ano anterior.
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