Santander (SANB11): comprar ou vender depois do resultado do 2º trimestre?

Banco divulgou seus números trimestrais na manhã de quarta-feira e analistas seguem com visões diferentes para as ações

Felipe Moreira

Logotipo do banco Santander em ilustração 12/03/2023 REUTERS/Dado Ruvic
Logotipo do banco Santander em ilustração 12/03/2023 REUTERS/Dado Ruvic

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Em meio a um forte avanço do lucro e um resultado no geral considerado positivo no segundo trimestre (2T24), apontando recuperação, é hora de apostar nas ações do Santander Brasil (SANB11)? Analistas possuem opiniões e recomendações distintas sobre o futuro dos ativos do Santander, ainda que a visão da maior parte deles seja de cautela: de acordo com compilação da LSEG com as casas que cobrem SANB11, 2 têm recomendação de compra, 7 têm recomendação neutra e 2 de venda.

O Itaú BBA, por sua vez, reiterou recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para o banco e preço-alvo de R$ 33 por Unit, pois acredita que potencial de lucros do banco está florescendo.

Para o BBA, o segundo trimestre confirmou uma aceleração saudável da carteira de empréstimos em áreas-chave, como cartões de crédito, folha de pagamento, veículos e PMEs (pequenas e médias empresas).

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Segundo o banco, o Santander vem limpando seus portfólios de crédito desde 2022 em termos de provisões e clientes em preparação para acelerar neste ciclo. “A nova abordagem de entrada no mercado e segmentação de clientes e serviços também começou a beneficiar as linhas de serviço do banco.”

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O BBA reduziu sua estimativa para expansão total da margem financeira para 16% na base anual, mas elevou a previsão de crescimento da receita de serviços para até 10% no ano.

Já as despesas com provisões e administrativas também ajudaram. As estimativas de lucro líquido do ano fiscal 24/25 permaneceram entre R$ 13,7 bilhões e R$ 16,7 bilhões, abrindo caminho para a expansão contínua do retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) em território de alta no 2S24 e no próximo ano.

O BBA ainda disse que o Santander continua sendo seu nome preferido entre os grandes bancos do Brasil, uma vez que a ação está sendo negociada a 6 vezes Preço/Lucro e 1,1 vez o Preço/Valor Patrimonial em 2025.

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Menos otimista que o BBA, a Genial Investimentos mantém classificação neutra e preço-alvo de R$ 31,50 para Santander, uma vez que o valuation do banco está negociando a um prêmio em relação a rivais com rentabilidade superior.

Ou seja, com a ação do Santander negociando a 7,6 vezes P/L (preço sobre lucro) esperado para 2024, 6,5 vezes P/L 2025 e 1,1 vez o P/VP (Preço sobre valor patrimonial) esperado para 2024, a Genial acredita que existem melhores opções de investimento.

Com relação aos resultados, a casa de análise classificou os números relatados como positivos, com o banco entregando uma continuidade na melhora de ROE e crescimento de lucro em sua trajetória de recuperação de rentabilidade e diversificação.

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Já o Goldman Sachs reiterou recomendação de venda para o Santander, pois ainda vê riscos moderados de queda nas estimativas de consenso da Bloomberg e a ação está sendo negociada com um leve prêmio em relação aos seus pares.

Segundo o banco americano, a ação está sendo negociada a 8,1 vezes o P/L para 2024, um ligeiro prêmio em relação aos pares privados do Brasil a 7,8 vezes, enquanto o seu preço-alvo, de 27% (queda de 5% frente o fechamento da véspera) implica que deve ser negociada a 6,8 vezes P/L para 2025.

Ao incorporar os resultados do 2T24, o Goldman Sachs reduziu a estimativa de lucro líquido de 2024 em 2%, para R$ 13,1 bilhões. Além disso, diminuiu a previsão da margem financeira líquida em 5% após um resultado mais fraco no NII de clientes.

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Por outro lado, antecipou menores provisões para perdas com empréstimos, que podem se beneficiar de reservas excedentes acumuladas durante o 2T24. Além disso, as taxas podem crescer próximo a dois dígitos, mitigando parte do NII mais fraco.

Com isso, as estimativas de lucro líquido para Santander estão 2% abaixo do consenso da Bloomberg em 2024, 6% abaixo em 2025 e 8% abaixo em 2026.