Santander: BBI eleva SANB11 de venda a compra; “tempos ruins não duram para sempre”

Banco parece estar de volta ao caminho certo para entregar ROEs mais altos, combinado com avaliações atraentes

Felipe Moreira

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O Bradesco BBI elevou a recomendação para as units do Santander (SANB11) de venda para compra em relatório com o título “Tempos ruins não duram para sempre, chegou a hora de Comprar!”. A elevação é impulsionada por uma perspectiva de maior rentabilidade aliada a uma avaliação atrativa, após observar tendências positivas no balanço do primeiro trimestre de 2024.

A equipe de research do banco prevê uma combinação benigna de crescimento mais rápido dos empréstimos, um portfólio mais adequado, maiores ganhos comerciais e menor custo do risco.

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O BBI destaca que o Santander Brasil empreendeu uma dolorosa, mas necessária, limpeza de seu balanço em 2022 e 2023, reduzindo drasticamente o crescimento de seus empréstimos para melhorar a qualidade dos ativos. E, segundo o banco, já é possível ver sinais de que a estratégia está dando resultado, pois o Santander apresentou melhora significativa na rentabilidade no primeiro trimestre de 2024 (1T24).

Depois de quase dois anos de negociações difíceis, digerindo empréstimos inadimplentes e receitas fracas, o BBI vê o Santander Brasil de volta ao caminho certo para entregar retornos sobre patrimônio líquido (ROEs) de 16% e 17,5% em 2024 e 2025, acima da média dos últimos seis trimestres de 11,9%.

Com base nisso, o banco elevou suas estimativas de lucro líquido em 5,8%, para R$ 14,0 bilhões em 2024, e 8,0%, para R$ 16,9 bilhões em 2025, cerca de 8,8% e 6,7% acima do consenso da Bloomberg para este ano e o próximo.

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Em termos de avaliação, o Santander ainda está sendo negociado com descontos de 20% e 22% em relação à média histórica, a 1,2 vez Preço (P)/Valor Patrimonial (BV) e 7,7 vezes Preço/Lucro (L) em 2024, apesar das ações terem superado seus pares nos últimos três meses. Portanto, o BBI elevou preço-alvo de R$ 32 para R$ 37,00, com potencial de valorização de 28,0% em relação ao preço atual da ação.