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A Rumo (RAIL3) reportou lucro líquido de R$ 71 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), revertendo prejuízo de R$ 68 milhões do mesmo intervalo de 2022, informou a companhia nesta quinta-feira (4).
A empresa de logística explica que o resultado foi “impulsionado pela melhora das tarifas e margens”.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 1,181 bilhão no 1T23, um crescimento de 17,8% em relação ao 1T22.
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A margem Ebitda atingiu 49,5% entre janeiro e março deste ano, alta de 4,1 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 1T22.
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A receita líquida somou R$ 2,384 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 8,1% na comparação com igual etapa de 2022. A empresa registrou crescimento em todas as operações, sendo 5% na Operação Norte, 22% na Operação Sul e 15% na Operação de Contêineres.
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Já o volume transportado ficou em 16,1 bilhões de TKU, 11% abaixo do primeiro trimestre de 2022. O resultado reflete “substancialmente eventos atípicos registrados no período”. Entre eles, o aumento da frequência de incidentes criminosos na região da Baixada Santista; atraso na colheita de soja e a interdição da Malha Paulista por sete dias.
“As maiores tarifas registradas no período compensaram a queda de volumes”, destaca o release de resultados. O preço consolidado da tarifa subiu 28% quando comparado ao primeiro trimestre de 2022, a R$ 138/TKUx1000, refletindo a maior competitividade do modal ferroviário, ainda segundo a companhia.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 607 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma elevação de 21,3% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.
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O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 780 milhões no primeiro trimestre de 2023, um aumento de 23,5% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 32,7% no 1T23, alta de 4,1 p.p. frente a margem do 1T22.
As despesas comerciais, gerais e administrativas somaram R$ 111 milhões no 1T23, um crescimento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2022.
A Rumo investiu R$ 928 milhões nos primeiros três meses do ano, um avanço de 34,1% sobre a mesma etapa de 2022. O capex recorrente somou R$ 324 milhões, 31% acima dos três primeiros meses de 2022, em função de phasing de investimentos no ano passado.
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Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 9,8 bilhões, um crescimento de 7,9% na comparação com a mesma etapa de 2022.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,2 vezes em março/23, alta de 0,2 em relação ao mês dezembro de 2022.
Safras
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A Rumo ressalta ainda que, com relação à safra de soja em 2022/23, as projeções apuradas por consultorias especializadas apontam para uma safra recorde no Brasil de 156 milhões de toneladas produzidas, enquanto 95 milhões de toneladas devem ser exportadas. A colheita já está praticamente finalizada, atingindo 92% da área cultivada na terceira semana de abril. Pelo lado da comercialização, apesar de cerca de 70 milhões de toneladas já terem sido comercializadas, o farmer selling ainda se encontra em 47%, cerca de 10 p.p. atrás da média de 5 anos.
Quanto à safra de milho 22/23, as projeções indicam uma safra recorde de 126 milhões de toneladas no Brasil, e exportações de aproximadamente 49 milhões de toneladas, crescimento de 7% e 10% em relação à safra anterior. Até o momento, as projeções indicam o início da colheita na segunda quinzena de junho nos estados da região Centro-Oeste.
A comercialização ainda se mantém em níveis desacelerados, atingindo 19% da produção esperada, ante a 34% da safra anterior no mesmo período. “As estimativas de produção e produtividade estão sujeitas a revisões, entretanto, apesar de parte das lavouras terem sido semeadas fora da janela ideal do plantio, o desenvolvimento do milho safrinha, por ora, segue em boas condições”, avalia a empresa.
(com Estadão Conteúdo)
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