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Risco hídrico não está precificado em Wall Street, diz Jefferies

Embora as empresas não financeiras estejam cada vez mais atentas a esses riscos, o setor financeiro está muito atrás.

Bloomberg

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Bloomberg — Com o calor extremo do hemisfério norte nas manchetes dos jornais, os guardiões do capital global falham em acompanhar um dos principais riscos associados ao clima: a escassez de água.

É o que diz uma análise do banco de investimento Jefferies, que diz que, embora as empresas não financeiras estejam cada vez mais atentas a esses riscos, o setor financeiro está muito atrás.

A falta de água limpa, antes associada principalmente a nações do terceiro mundo e em desenvolvimento, agora também é um problema regular nos países mais ricos.

Grande parte dessa vulnerabilidade está associada a infraestrutura desatualizada e mal conservada. O Reino Unido se destaca como um exemplo recente de disfunção.

A concessionária Thames Water, que atende cerca de 15 milhões de pessoas, foi tomada por um escândalo depois de não conseguir evitar que resíduos de esgoto vazassem para rios.

A escassez de água, por sua vez, deve impactar uma grande variedade de setores, incluindo alimentos e bebidas, agricultura, geração de energia, têxtil e semicondutores, disse Luke Sussams, estrategista ESG da Jefferies, durante a conferência Oxford Sustainable Finance Summit, na quinta-feira.

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“A escassez de água e o estresse hídrico são, com certeza, financeiramente importantes para esses setores”, disse ele. Mas o setor financeiro “está ausente deste debate”.

Scott McCready, diretor de estratégia da Alliance for Water Stewardship, disse que recebeu sua primeira consulta de um banco comercial buscando entender os riscos relacionados à água este mês. Por outro lado, grandes corporações como a Coca-Cola e a Danone vêm analisando o risco da água há mais de uma década, disse McCready na mesma cúpula.

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